Ondas vem e retornam. Trazem esperanças, do que antes
foram tristezas, levadas ao fundo do oceano - ao seu laboratório secreto, onde
tudo é transformado. O mar tem a capacidade de varrer pensamentos ruins e
trazer os bons.
Essa magia começa a ocorrer, quando o sal da água cicatriza qualquer ferimento, enquanto arde, cura todos os machucados.
Estava a apreciar o mar, naquela hora em que o sol abaixa no horizonte.
Meus ouvidos se deliciam com o marulhar
ruidoso das águas, que se acabam silenciosas e mansas na areia, tocando meus
pés, fazendo cócegas, brincando com seus pequenos grãos entre meus dedos.
Ofereço meus 'ais' ao mar. Literalmente, derramo nele minhas lamentações, para que se misturem às suas águas, e o meu sal se confunda com o dele. Minhas meninas dos olhos é que choram, mas elas querem rir.
Peço, que leve minhas más
águas, e as lave.
Suplico-lhe, em pensamento
- quase numa oração, que renove minhas energias, quando fizer chover
sobre mim.
Anseio, que ao
retornarem estes meus pensamentos mais urgentes, sejam mais leves, prontos
para novos sentimentos.
Somos dois, o mar e eu, num único esplendor dourado. Ele em várias nuances de brilho amarelo, e eu uma pequena e indefinida silhueta mais escura. Ele a conceder, e eu a solicitar.
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