sexta-feira, 29 de janeiro de 2016


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'Prosa e poesia'

29/01/16


 




É pincel  e  tinta  nas  mãos , 

vivifica as cenas  que  já estão desenhadas ,

nas cores  que  precisar!


É ela que  registra  a  agonia do sonho, 

que resiste à própria morte [sua recusa], 

que se preciso - vai ao povo e grita ... 

seus motivos e razões [sua defesa],  

pra viver um pouco mais!

 

Ela me conserva  a  sanidade, 

quando  despressuriza  o desespero.   

Imortalizo o luto que é imortal!

Se perco a linha do bom senso é porque sei ... 

que sou a voz dos que não tem voz!

 

Todos os sentimentos estão guardados 

em seus devidos compartimentos, 

atrelados às suas respectivas emoções  

e  palavras representativas...

até que sejam  ordenadas 

e ganhem um sentido.

 

A cadência  das  palavras  

é musica em meus ouvidos, 

é remédio  pra dor que  dói,  

analgésico mas não a cura...

 

Ao vício do qual sofro, 

não sou imune  e  também  não fico impune...  

quando me demoro em registrar as idéias, 

que fazem arder a mente, 

obssessivamente, 

até que eu, compulsivamente, 

me deixo conduzir pela força das palavras!






 

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