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Má intenção
31/01/16
Quando
vos falo, o meu propósito é de me fazer entender.
O vosso é
reflexionar sobre!
Não
refletir! Isso, quem faz é o espelho! Ou
seja - sou a pedra sobre a qual
o sol deve refletir , para que a idéia seja trazida à luz, junto ao calor que dela se
desprender.
Sirvo-me de indicativos que vos façam acreditar no que
eu digo, usando meu poder de persuasão.
Me sirvo da familiaridade com as
palavras, sem ousar o imperativo dos
verbos, porque não pretendo coagir ... a escolha deve ser vossa ... para que não
me venham questionar!
Vosso
dever é duvidar, capacidade da cabeça pensante ... não aceitar de pronto uma
verdade ou fato, que pode não ser vossa!
Vos
conduzo ao desfecho, mas como duas idéias tão estranhas entre si, que crescem juntas - sempre vos deixo reticências - mesmo que não as escreva! É essa, a vossa"deixa",
para entrar na narrativa e fazer vosso final alternativo.
Sou
forçado por minha natureza, de vos fazer convencer, porém é impossível não
desejar, implantar a dúvida em vossos corações, ou pelo menos, neles jogar a semente...
'Se'
existe uma tendência depressiva - quero que seja muito expressiva!
Havendo
uma apatia - igualmente, me será de serventia!
'Se' a tendência for à excitação -
também dela me aproveito para atingir os meus fins!
Ao contrário
do que se repete à boca grande:
Os meios
é que justificam os fins.
Os meios
importam mais!
É neles
que nos demoramos por mais tempo!
Os fins
são rápidos, sintéticos
e carregam uma assustadora frieza,
que ordinariamente não nos agrada!