domingo, 1 de novembro de 2015



Sempre que o «não» habitual se transforma num «sim», sempre que permitimos que este momento seja como é, dissolvemos o tempo, assim como o ego. Para o ego sobreviver, precisa de fazer com que o tempo - passado e futuro - seja mais importante do que o momento presente. O ego não consegue tolerar ser aliado do momento presente, salvo por uns breves instantes, até conseguir obter o que desejava. Mas nada consegue satisfazer o ego durante muito tempo. Desde que seja ele a comandar a nossa vida, há duas maneiras de sermos infelizes. Não conseguir o que queremos é uma delas. Conseguir o que queremos é a outra.

Aquilo que é ou que acontece é a forma assumida pelo Agora. Enquanto lhe resistirmos internamente, a forma, que é outra maneira de expressar o mundo, constitui uma barreira impenetrável que nos separa de quem somos para além da forma, que nos separa da Vida única informe que somos. Quando produzimos um «sim» interior à forma assumida pelo Agora, essa mesma forma converte-se numa porta de entrada para o informe. A separação entre o mundo e Deus desaparece.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 171)

Nenhum comentário:

Postar um comentário