DESAPEGO PODE SINALIZAR EQUILÍBRIO EMOCIONAL:
Muitas pessoas possuem uma característica que pode ser prejudicial para sua saúde mental e emocional, que é o apego – seja por coisas, ideias, pessoas ou situações. Isso acontece porque o afeto, quando excessivo, nos mantém reféns da vida, fazendo com que o dia a dia se torne pesado e sem alegria. Sendo assim, o ideal seria sempre estarmos preparados para aceitar possíveis e súbitas transformações em nosso cotidiano, como uma mudança de emprego ou de casa, a troca de um carro, o término de um relacionamento e até mesmo a morte de pessoas queridas. Sabemos que essas perdas podem gerar sofrimento, mas precisamos encontrar maneiras de encarar as decepções e continuar nossas vidas da melhor forma possível.
Embora pessoas mais sensíveis possuam mais dificuldades em se adaptar a esse tipo de situação – pois necessitam da atenção dos outros para realizarem suas tarefas – é preciso que esteja claro que a prática do desapego não vai torná-las frias e distantes, mas fornecerá condições para que sejam mais calmas e receptivas, podendo perceber as mudanças de modo mais compreensível.
APEGO EXCESSIVO AFETA SAÚDE FÍSICA E MENTAL...
RELACIONAMENTOS AMOROSOS E DESAPEGO...
FORMAS DE PRATICAR O DESAPEGO
Para praticar o desapego, é importante recorrer a alguns exercícios mentais. Nós precisamos ter controle de nossa mente. Afinal, ela é parte do nosso corpo e por isso não podemos permitir que seja dominada pelo negativo. A mudança acontece continuamente em nossas vidas e precisamos estar preparados para isso, com o intuito de sofrer menos.
- Dicas:
- – Permita-se vivenciar os seus sentimentos e pensamentos e aceite-os exatamente da forma como eles se expressam em você, sabendo que tem a capacidade para regulá-los.
- – Não deixe de sentir determinados sentimentos que se manifestam no seu corpo, nem tente evitar que determinados pensamentos surjam em sua mente.
- – Tenha claro que não somos os nossos sentimentos nem pensamentos, por isso eles devem ser filtrados pela nossa consciência para que não julguemos que somos tudo o que sentimos ou pensamos.
- – Quando a nossa mente produz pensamentos que são angustiantes para nós, num primeiro momento devemos apenas observá-los. Não precisamos acrescentar mais nada a esses pensamentos ou julgá-los, somente deixá-los vir à tona e passar por nossa mente.
- – Ao invés de todo o processo de raciocínio destrutivo, você apenas observará o seu pensamento, sem juízos, e dirá a si mesmo: “Ah, estou tendo um pensamento que me alerta que algo pode estar errado comigo. Eu não sou este pensamento. Eu não vou segui-lo. Focarei nas coisas que tenho que fazer hoje”.
- – É importante permitir-se viver a sua experiência. Por exemplo, quando se sentir deprimido ou angustiado, tente perceber em que parte do seu corpo sente alterações físicas. É na zona da garganta? No peito? Na nuca? No estômago? Sinta e observe seu incômodo. Fique temporariamente com a sua dor, angústia ou ansiedade. Em seguida, aceite-a. Depois, oriente a sua atenção no sentido de aprender a lidar com os seus sentimentos e pensamentos, regulando-os, até que possam diminuir ou extinguir-se.
Ainda que todo este processo e explicação de aceitar e desapegar-se da sua dor emocional possa não resolver totalmente problemas como ansiedade, depressão e angústia, você perceberá que pode deixar de ficar sobrecarregado pelos seus sentimentos e pensamentos negativos. Aprenderá a deixar de ficar negativamente condicionado pelo padrão mental nocivo que criou ao longo dos anos. Isso permite que você crie um espaço em volta dos seus pensamentos e sentimentos, vivenciando-os sem que afetem a sua vida.
Outro grande benefício é que você deixa de usar grande parte da sua energia contra si mesmo ou tentando resistir ao fluxo natural da vida. Com isso, conseguirá ligar-se mais facilmente às pessoas significativas da sua vida, evolver-se com o mundo ao seu redor e ser funcional a partir da sua experiência interior dolorosa, ao invés de ter de esperar até que se sinta melhor.
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