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TELHADOS FRIOS
Sobre os telhados frios da madrugada, eu e o meu trompete de quarto de tom, uivamos à lua. Faço chegar os sons, aos ouvidos dos insones, que se reviram em seus leitos, nos pequenos e grandes quartos de Paris. Não saberão, de onde vem a melodia, pois os bares estão fechados. Àqueles que dormem, a canção permeia os seus sonhos, enquanto se deixam embalar por ela, mas uma vez despertos, não lhes será possível saber, de onde é que veio, muito menos - que tenha vindo do alto, de cima dos telhados frios. Incógnitas, teremos invadido sem permissão, a noite de muitos, sem vê-los e sem sermos vistos.
17/02/21
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