quarta-feira, 4 de julho de 2018

 PSI __ 97 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES




A escala da autoestima de Rosenberg: uma ferramenta muito útil






A autoestima está intimamente relacionada com a avaliação subjetiva que fazemos sobre nós mesmos. Uma autoestima saudável sempre vai gerar um grande bem-estar, enquanto que em seus níveis mais baixos pode se instalar um humor depressivo.
Por isso é tão importante cuidar da nossa autoestima e avaliá-la, porque ela não é fixa, sempre muda. Uma das ferramentas que pode ser encontrada na psicologia e pode nos ajudar a alcançar este objetivo é a escala da autoestima de Rosenberg.
Esta escala é pequena, rápida, confiável e tem muita validade. É um dos instrumentos mais utilizados pelos psicólogos para avaliar o autoconceito das pessoas. Também é frequentemente utilizada quando se deseja medir essa variável no contexto de alguma investigação.

“Se você não sabe como se valorizar, qualquer pessoa saberá como usá-lo”.



A escala da autoestima de Rosenberg e sua utilização

A escala da autoestima Rosenberg tem o nome do seu criador, Morris Rosenberg, um professor e doutor em sociologia que passou vários anos da sua vida estudando a autoestima e o autoconceito. Ele apresentou a proposta inicial da escala em seu livro: ‘A sociedade e a autoestima do adolescente’.

A escala de Morris Rosenberg é composta por 10 afirmações que giram em torno do quanto a pessoa se valoriza (se é muito ou pouco), e a satisfação consigo mesma. As 5 primeiras declarações são formuladas de forma positiva e as 5 restantes de forma negativa.
Cada afirmação positiva recebe uma pontuação desde 0 (discordo totalmente) a 3 (concordo totalmente), enquanto declarações negativas são pontuadas no sentido inverso 3 (discordo totalmente) e 0 (concordo totalmente).

Vejamos quais são essas afirmações:
1. Sinto que sou uma pessoa digna de apreço, pelo menos tanto quanto os outros.
2. Sinto que tenho qualidades positivas.
3. Geralmente, sou levado a pensar que sou um fracassado/a.
4. Eu sou capaz de fazer as coisas tão bem quanto a maioria das pessoas.
5. Sinto que eu não tenho muito do que me orgulhar.
6. Tenho uma atitude positiva em relação a mim mesmo/a.
7. No geral, estou satisfeito/a comigo mesmo/a.
8. Gostaria de ter mais respeito por mim mesmo/a.
9. Às vezes me sinto inútil.
10. Às vezes eu penso que não sirvo para nada.



“Ninguém pode fazer você se sentir inferior sem o seu consentimento”.

-Anônimo-



Tanto as afirmações positivas (1, 2, 4, 6, 7) quanto as negativas (3, 5, 8, 9, 10) estão misturadas e o resultado da pontuação permite ter uma ideia do estado da autoestima do entrevistado. Assim, uma pontuação inferior a 15 indica uma autoestima muito baixa, demonstrando que este é um aspecto no qual a pessoa deve trabalhar.
Entre 15 e 25 pontos demonstra uma autoestima saudável e que está dentro dos parâmetros do que é considerado “equilibrado”. Uma pontuação maior que 25 nos mostra uma pessoa forte e sólida. Neste sentido, uma pontuação tão alta também poderia mostrar problemas na análise da realidade ou pessoas demasiado complacentes com elas mesmas. A pontuação ideal varia entre 15 e 25 pontos.

As conclusões mais importantes da escala da autoestima de Rosenberg

A escala da autoestima de Rosenberg, embora no início se destinasse apenas para adolescentes, foi adaptada para os adultos. Isso nos permitiu avaliar populações inteiras e até culturas diferentes, o que resultou em conclusões muito interessantes.
Uma dessas conclusões revelou que as pessoas que vivem em sociedades individualistas, como por exemplo os Estados Unidos, se sentem muito competentes, mas insatisfeitas com elas mesmas. Não é assim em lugares como o Japão, onde se manifesta um coletivismo onde a satisfação consigo mesmo é mais elevada, embora a sensação de competência caia bastante.
Além disso, a escala concluiu que as pessoas extrovertidas e emocionalmente estáveis têm maior autoestima, enquanto as pessoas introvertidas e instáveis emocionalmente tendem a ter uma baixa autoestima.
Apesar de todas essas conclusões, a escala da autoestima de Rosenberg revelou que no geral todas as pessoas, sejam homens ou mulheres, jovens ou velhos, tendem a se avaliar de uma forma positiva. Então surge uma dúvida: será que isto acontece porque as pessoas têm vergonha de admitir os seus defeitos, aqueles que as fazem se sentir mal, ou simplesmente porque não são capazes de reconhecê-los?


“Aprenda a se respeitar e se amar, porque você estará do seu lado durante toda a vida”.

-Anônimo-



A escala Rosenberg sobrevive até hoje para resolver uma dificuldade comum na psicologia: medir certas variáveis ​​que influenciam o nosso comportamento, os nossos pensamentos e as nossas emoções. A sua formulação e sobrevivência nos lembra o quanto é importante monitorar e cuidar da nossa autoestima, para que ela esteja sempre em um nível que nos proporcione equilíbrio e bem-estar. Uma autoestima saudável é um dos pilares do bem-estar e, ao mesmo tempo, a chave para nos sentirmos felizes e confortáveis nas diversas áreas da nossa vida.
Você tem coragem de fazer o teste e descobrir o quanto valoriza a si mesmo?


Imagens cortesia de Kathrin Honesta
fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/escala-autoestjima-rosenberg/






97 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES

Esta escala, quando aplicada em pesquisas, nos dá uma pontuação ideal, de 15 a 25 pontos, ou seja muito baixa, significa um menosprezo pelas próprias capacidades e acima de 25, pode indicar que a pessoa têm problemas na análise da realidade ou que é complacente demais consigo mesma. 

Outra conclusão importante, o nível de competência e o nível de satisfação pessoal, são coisas diferentes.  Ou seja uma pessoa pode se julgar competente mas insatisfeita com seu desempenho, dependendo da cultura em que vive, isso se altera.

Quanto a admitirem seus defeitos ou não, está relacionado tanto com a vergonha, quanto a incapacidade de reconhecer tais defeitos.

É um excelente instrumento para monitorar a autoestima das pessoas, que ao longo do tempo, é natural que  varie, de acordo com os acontecimentos e períodos da vida.

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