terça-feira, 31 de julho de 2018

PSI __ 110 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES


O sequestro da amígdala





https://amenteemaravilhosa.com.br/sequestro-amigdala/



... Alguma vez você sentiu que era uma emoção que conduzia o seu cérebro? 

Como acontece este sequestro por parte da amígdala?



“É preciso considerar que o impulso é o veículo da emoção e que a semente de todo impulso é um sentimento expansivo que procura se expressar na ação.”

– Daniel Goleman –

O que podemos fazer diante destas situações?

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 110 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES


Amígdala:  estrutura em formato de amêndoa, que se localiza na parte interior do lóbulo temporal medial.  Faz parte do cérebro emocional ou mamífero;  que juntamente com o hipocampo, hipotálamo e o córtex orbito-frontal, formam o sistema límbico.

O sistema controla as respostas fisiológicas, mediante os estímulos recebidos, cujas estruturas são essenciais para o controle da conduta emocional do homem.

De todas as estruturas que o compõe,  a amígdala é a mais importante para a sobrevivência humana, porque sua principal função é integrar as emoções, com os  padrões de resposta correspondentes a elas, tanto na fisiologia quanto no comportamento.

Um comportamento, temporariamente irracional, tem a ver com uma súbita perda do gerenciamento das emoções, porque a amígdala assume o controle do cérebro.  Além de provocar reação emocional aos estímulos recebidos, devido ao seu vínculo com o lóbulo frontal - inibe outras condutas.  Estabelece prioridades.

Sequestro da amígdala é uma reação emocional imediata e desproporcional ao estímulo que a desencadeou, pois é compreendida como uma ameaça à estabilidade emocional.  O que acontece é: a amígdala rouba a ativação de outras áreas do cérebro, principalmente o córtex - dominando a conduta da pessoa e desligando a área, que a tornaria mais racional e humana.

A área frontal do córtex - inibida pelo sequestro - é justamente aquela responsável pelo pensamento lógico e pelo planejamento das nossas ações - considerada como sendo o coroamento da evolução do homem.

A amígdala é parte da estrutura mais primitiva do cérebro.  Dessa forma, vemos o instinto sobrepujando a razão: o pensamento lógico fica subordinado ao comando das emoções.

Por milhares de anos, vivendo num mundo hostil e cruel, era preciso um mecanismo automático e eficaz para garantir a nossa sobrevivência, foi assim que a amígdala conquistou sua importância.  Diante do perigo, ela imediatamente, desativava as demais funções cerebrais, para promover a luta ou fuga.  A natureza aperfeiçoou essa ferramenta de defesa, que é acionada sem que nos demos conta.


Na vida moderna não há 'leões' para ameaçarem nossa sobrevivência, mas um grande estresse pode disparar tal sequestro da amígdala, inundando nosso organismo de adrenalina e cortisol, que podem nos manter por algumas horas, sequestrados emocionalmente.

A 'ressaca emocional' (mal estar) - é a reação que sentimos quando, em nosso corpo ainda circulam os hormônios segregados para a nossa defesa, porque apesar de não haver 'leões' - que nos ameacem fisicamente, há desafios - que ao nosso sistema límbico, nos parecem letais.

Contar até 10,  ou até 1.000, conforme nosso caso de descontrole, é uma estratégia eficaz, porque quando começamos a contar, ativamos o córtex - a parte frontal e lógica do cérebro, que esteve inibida durante o sequestro.

 Concentrar-se na sua respiração, também é excelente técnica, porque reativa o sistema nervoso parassimpático, e inibe o sistema nervoso simpático, que esteve atuante durante o sequestro.  Perceber a inspiração e a expiração, nos traz de volta ao momento presente.




RE_EDIÇÃO __ Gaiola lacrada __ 22/01/15




Foram muitas as lágrimas, 
a um travesseiro de distância...
Nem por isso fez diferença.
Espantoso foi perceber,
camas se transformando em continentes 
e peles humanas em gaiolas lacradas!
Bem ali, tão perto, alguém, 
com quem dividira 
os melhores momentos de sua vida 
e também os piores.   
A mesma pessoa, que se achegava
lembra-se, apenas pela carne.
Hoje, ela não chora mais
e tem saudade daquele tempo,
em que chorava, mas ainda esperava.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

EXPECTAR  __ 741





Eu quis mergulhar em ti.  
Foi sempre uma sensação estranha 
de quem fica boiando na superfície 
de uma água densa 
que não permite sondar 
o que guardam as profundezas.
Uma densidade
que me manteve do lado de fora
por mais que eu me debatesse!

Tampouco te interessou
te aprofundar em mim.
Debruçaste sobre as beiras
sem tocar, nem conhecer
a natureza da minha essência
sem a vontade, de fato ou
nem mesmo pela pura curiosidade! 

Ficamos, ambos 
na superfície do abismo
... um contra a vontade
... outro de propósito
a imaginar e a expectar!


PSI __ 109 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES




Pedir desculpas: algo essencial em toda dinâmica familiar


https://amenteemaravilhosa.com.br/pedir-desculpas-dinamica-familiar/


As crianças aprendem a pedir desculpas observando seus pais fazerem o mesmo...
Com frequência não somos conscientes da grande quantidade de códigos, regras invisíveis e marcas psicológicas que projetamos em nossa família com o que fazemos, dizemos, ou ainda mais, com o que “não dizemos”.
“Se você cometer um erro, demonstre que pode ter a humildade de dizer ‘me desculpe’, eu errei”.
O modo como interagimos ergue as raízes da harmonia ou, pelo contrário, planta as sementes da infelicidade...
Esta dinâmica, esta prática saudável e edificante, também é fundamental na criação e na educação de nossos filhos. É um modo muito certo de transmitir aos pequenos um sistema de valores para ter uma visão mais próxima do ser humano, para nos concebermos com falhos, mas dignos de saber pedir perdão para melhorar nossos atos, para cuidar dos nossos laços...
Pedir desculpas é uma prática de convivência básica, é o caminho correto quando surge um problema pelo qual, como adultos, somos responsáveis...
O amor, o afeto e o carinho precisam ser cuidados e trabalhados. Aprender a pedir desculpas é criar familiarização, é criar um cenário para formar crianças mais felizes partindo de valores adequados... 

Pedir perdão aos nossos filhos, um passo com grandes benefícios...    "




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109 __ MINHAS CONSIDERAÇÕES



Temos como hábito, nos desculparmos em sociedade, mas esse costume não trazemos para o âmbito familiar.


Nós somos os exemplos que arrastam o comportamento de nossos filhos: "erguendo as raízes da harmonia ou plantando as sementes da infelicidade".  De acordo com o que presenciam no lar, é conosco que eles aprendem e apreendem, como pensar e sentir as coisas.  Transmitimos a eles por palavras, gestos, "códigos, regras invisíveis e marcas psicológicas projetadas" - um sistema de valores - o nosso.   Transmitimos inclusive, informações através de uma comunicação tácita, quando nos calamos.

Se o ambiente for amistoso, onde as emoções são validadas, inclusive àquela que se segue a um erro cometido:  o sentimento ou sensação de injustiça  -  num ambiente onde há a possibilidade de reconhecimento e reparação de alguma forma, desse equívoco,  a leitura do sentimento: injustiça, indignação e revolta, serão validados.  A criança saberá, que sempre é possível admitir que erros existem, que fazem parte da natureza humana.

Se ao contrário, erros ou enganos, não são devidamente reconhecidos, ela crescerá com a estranha sensação, de que seu poder de discernimento não é confiável, pois no fundo ela sabe e sente que aquilo não está certo.  O sentimento de injustiça, ficará muito grande dentro dela.

Quando adulta, também não pedirá desculpas, pois ela assimilou, que desculpar-se é uma coisa desnecessária ou até subentendeu, como sendo um sinal de fraqueza.  Ou seja, a atitude de repensar sobre os seus atos, estará fora de questão.

Pedir desculpas é admitir-se falível, uma prática básica da convivência saudável.  "Identificar o erro e  reconhecer a responsabilidade", também é uma lição para nossos filhos, na importante cartilha da educação.  Significa demonstrar humildade e responsabilidade  por nossas ações.

Não se trata de errar muito ou não com nossos filhos, o que importa é como vamos "administrar as situações" criadas.

Assumirmos a falibilidade, nos aproxima de nossos filhos, porque aumenta a confiança que depositam em nós, ensinamos a eles, uma lição de maturidade e responsabilidade



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apreender
verbo
  1. 1.
    transitivo direto
    assimilar mentalmente, abarcar com profundidade; compreender, captar.
    "foi difícil a. o sentido daquelas palavras"
  2. 2.
    transitivo direto
    fazer apreensão de; apanhar, pegar.
    "apreendeu-lhe os cigarros para que não fumasse"



domingo, 29 de julho de 2018

RE_EDIÇÃO __ Se fosse possível __ 30/07/16


arte: agnes cecile


Se eu tivesse todo o jeito de compor
umas melodias de amor 
 que dessem motivos pra sorrir!
 Há muito ... que não sorrio
estou por um fio
 ... eu apenas rio!

Vem me re_ensinar a sonhar
... um sonho, que ao despertar
eu possa nele continuar
... e de como é bom sonhar
 me faça recordar!

Vem e me provoca quereres
de antigos e esquecidos prazeres
que na noite me causem tremores
... e um amanhecer sem temores
pra viver o dia e seus amores!

Vai entender uma mulher!
Nem ela mesma sabe o que quer!?
Sabe sim, até o que desquer!
Quer às vezes, rimas óbvias
noutras, escolhe as impróprias
preferindo as improváveis
até mesmo as reprováveis!

Quem é mulher vai entender
... que um pouco de romance
só faz reviver
... melhora a performance
e a nenhum homem mata!
Quem é homem deve saber!
A palavra é prata?
Não!  É ouro, a palavra!
Crava fundo e a doçura lavra!

Cuidado com o que se fala
e também com o que se cala!
Se o homem é visual ...
a mulher é toda ouvidos
um ‘A’ pode ser fatal
e os sonhos podem ser perdidos!

 RE_EDIÇÃO __ No compasso da esperança __ 30/07/16



arte: cheiro de alevrim


Eu mesmo fiz um quadro
que longe de ser quadrado
é de moldura bem redonda.

  Eu o fiz com um compasso.

Dependurado como queira
mostrará sempre a mesma coisa
como janela de navio
só mostra um mar morno
o nível subindo e descendo 
de qualquer perspectiva.

Sempre flutuante e itinerante
o navio a navegar.

Seria bom subir ao convés
e mesmo que ao longe
poder ver alguma terra
com seus pássaros migratórios
e seu verde farfalhante ...
ter a brisa no meu rosto
sentir o cheiro de sal
e ver que as águas
são geladas em vez de mornas!


 RE_EDIÇÃO __ Na torre __ 30/07/16




arte: cheiro de alecrim


A princesa se recusa a morrer
só por um minuto quer viver
um pouco, do encanto
de apenas um conto!

Foram muitas as estórias
contadas sobre as glórias
de um príncipe sem trono
que de nada era dono!

Até receber toda a riqueza
      do coração de sua princesa!

sábado, 28 de julho de 2018


RE_EDIÇÃO

UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
7 - CADA UM 'É'
28/07/16







Não espere colher laranjas de uma bananeira.


Nenhuma  ideia se perde.  Por mais estranha que possa ser, ela traz em si o embrião de uma outra ideia mais elaborada. 

Hoje, eu sou uma versão de mim mesma, melhor do que a de ontem ...  e um pouco menos do que serei amanhã.  Não existem hiatos na nossa evolução, tudo provém de algo que já existe em nós. Todos estamos nesse processo, nessa estrada ... alguns estão uns quilômetros a frente, outros ainda na retaguarda, mas o que pra mim é fácil, pro outro pode ser ainda inatingível ... e vice-versa.  A dificuldade e desafio ... é convivermos com pessoas que estão em níveis de consciência tão distintos dos nossos.

Cada um é o que é!  Só se pode dar do que se tem ...  se a visão for pequena ... pequeno será o meu entendimento das coisas.  Pequena será a minha boca e também os meus ouvidos e mãos.  Não tem como você aumentar-lhes o tamanho, só eu posso fazer isso!  Por ora, só posso lhe oferecer o que tenho ... embora me esforce ao máximo!

Nunca despreze algum sentimento ou emoção, o segredo sempre foi transformar, reciclar, re_significar. Não somos só virtudes, somos também defeitos, que precisam aprender a serem 'bem feitos'. Se eles estão presentes é porque fazem sentido estarem.  O mesmo também vale em relação ao outro.  Quanto a transformação 'do outro', não temos acesso ... mas temos passagem livre pra entendermos, porque o comportamento do outro nos afeta. É assim que evoluímos, entrando em contato com aquilo que nos chama a atenção. 

Não há como forçar uma transformação no outro, devemos ficar contentes em podermos 'obter' alguma transformação em nós mesmos.

RE_EDIÇÃO __ Pó e silêncio __ 29/07/15






Fora sempre pessoa de língua muito eloquente.  Portadora de uma transparência quase indecente, capaz de fazer virar do avesso a alma e de não deixar senão uma folha de parreira a cobrir suas vergonhas.

Aos ouvidos moucos, a assertividade é um coçador que incomoda. Aos olhos fechados, desenhar é desnecessário e incompreensível.  Às feridas purulentas, as moscas são indesejáveis...

Confesso que, para minha eloquência, qualquer sentido que a tivesse captado seria lícito. Teria obtido êxito! Mas eu não atingi a massa cinzenta, que mora no sótão isolado e sombrio.  Entulhado, onde se assenta em seu trono, de onde não delega poderes e comanda a casa.

Tentei o tecido vermelho irrigado, de muitas portas, que ao se expandir, recolhe, reconforta e retém junto de si.  Esse cômodo quente, bem no meio da casa, muito próximo da cozinha, do quarto de dormir, de muita circulação e aconchego que deve possuir uma lareira sempre acesa.  Não tive exito.

Estamos eu e minha eloquência, ou ela e eu, cansados de bater à porta dessa casa sem jardim...  Nossas mãos estão doídas de tanto insistir sobre a madeira rústica e maciça, sem tinta nenhuma. Trancada por dentro... E  ninguém nos atende, não nos ouve!

Batemos há muito!  Lá dentro há apenas móveis cobertos de panos brancos cheios de pó e silêncio. 


Desistimos.  Eu desisto, é só silêncio!  Também, nem quero mais entrar! Perdi o interesse. Ninguém vive lá.  A casa é vazia!