Renunciar a todos os bens materiais constituía uma antiga prática espiritual tanto no Oriente como no Ocidente. No entanto, renunciar aos bens materiais não nos vai libertar automaticamente do ego. O ego vai tentar assegurar a sua sobrevivência procurando outra coisa com que se identificar, por exemplo, uma imagem mental de nós próprios como pessoas que transcenderam todo o interesse em bens materiais e que, por conseguinte, passaram a ser superiores, pois são mais espirituais do que as outras. Há pessoas que renunciaram a todas as suas posses, mas têm um ego maior do que alguns milionários. Se retirarmos um tipo de identificação ao ego, ele encarregar-se-á de encontrar rapidamente outro.
Em última análise, aquilo com que o ego se identifica não interessa, desde que lhe conceda uma identidade. O anticonsumismo ou antipropriedade privada é outra forma de pensamento, outra posição mental que pode substituir a identificação com os bens materiais. Através dela, podemos estar certos e os outros errados. Considerarmo-nos a nós certos e aos outros errados é um dos principais padrões mentais egóicos, constituindo uma das principais formas de inconsciência. Por outras palavras, o conteúdo do ego pode mudar, mas a estrutura mental que o sustém mantém-se inalterada.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 41)
Você não pode perdoar a si mesmo com o coração nem às outras pessoas enquanto a sua noção de eu derivar do passado. Só através do acesso ao poder do Agora, que é o seu próprio poder, pode haver perdão real. Este acesso tira o poder ao passado e você apercebe-se, em profundidade, que nada que já tenha feito ou que já lhe tenham feito poderia tocar sequer na ínfima parte da essência radiante de quem você é.
Quando você se render àquilo que é e, dessa forma, se tornar totalmente presente, o passado deixa de ter qualquer poder. Você já não precisa dele. A presença é a chave. O Agora é a chave.
Eckhart Tolle (A Prática do Poder do Agora, pág. 135)
Sinta a energia, a vida que há no seu corpo. Isso firma-o no Agora.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 54)
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