O entretenimento, os mass media e o corpo de dor
Se não estivéssemos familiarizados com a nossa civilização contemporânea, se tivéssemos chegado ao nosso planeta Terra vindos de outra era ou de outro planeta, uma das coisas que nos surpreenderiam seria que milhões de pessoas adoram e pagam para ver seres humanos a infligir dor uns aos outros e a isto chamam «entretenimento».
Por que razão atraem os filmes violentos tão vastas audiências? Existe toda uma indústria que alimenta a dependência humana da infelicidade. É óbvio que as pessoas veem esses filmes porque desejam sentir-se mal. O que é que existe dentro dos seres humanos que adora sentir-se mal e chamar-lhe bem? O corpo de dor (*), obviamente. Grande parte da indústria do entretenimento é dirigida por ele. Por conseguinte, para além da reatividade, do pensamento negativo e do drama pessoal, o corpo de dor também tem a alternativa de se alimentar através do cinema e da televisão. Os corpos de dor escrevem argumentos e realizam estes filmes, e são igualmente os corpos de dor que pagam para os visionar.
(*) Campo energético de emoções antigas, mas ainda muito vivas, que habita dentro de quase todos os seres humanos.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 129)
Tudo aquilo que aceitar completamente irá conduzi-lo à paz, incluindo a aceitação de que não é capaz de aceitar, de que está num estado de resistência.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 80)
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