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Viva as mulheres fortes!
...Por mais que estejamos em pleno século XXI, o estereótipo do que é feminino continua muito forte. Uma das razões para que isso ocorra dessa forma é que desde a infância os contos infantis instauram no imaginário a ideia de que a princesa é o ideal de mulher.
“As mulheres com passado e os homens com futuro são as pessoas mais interessantes.”
– Chavela Vargas –
As mulheres dos contos de fadas...
...Essas histórias terminam com a elevação da protagonista ao papel de princesa, dentro de um reino encantado...
As anti-princesas
...As duas anti-princesas com as quais Nadia Fink inaugurou sua coleção são Frida Kahlo e Violeta Parra, duas mulheres que não ficaram esperando o dia que um príncipe as salvaria. Elas mesmas se salvaram e não ficaram esperando.
Em suas histórias de amor há sim contradições, abandonos e desencontros. Também há grandes feitos e um desenvolvimento individual independente dos problemas do amor romântico. Ao contrário do que poderia se supor, essas histórias não decepcionam, masrepresentam um novo tipo de interesse: o interesse pelo mundo real.
Frida Kahlo não era a típica menina angelical que encontrou seu sonhado príncipe. Foi uma mulher marcada pela doença desde muito jovem, que viveu uma apaixonada e contraditória história de amor com um homem que não se parecia nem um pouco com o Ken, o namorado da Barbie. O interessante dessa história foi a forma como marcou a obra de Frida: uma verdade poesia de imagens.
Violeta Parra, a grande artista chilena, não foi a mulher que seu primeiro marido esperava. Não foram felizes para sempre, já que se separaram. A primeira filha que teve com seu segundo marido morreu aos dois anos.
Sua famosa música “Gracias a la vida” foi uma composição feita depois de se recuperar de uma tentativa de suicídio. Não era certamente o tipo de mulher que inspiraria uma história da Disney.
São muitas as anti-princesas de carne e ossos que deixaram sua marca no mundo, por se negarem a atuar conforme os estereótipos de gênero. Mulheres dotadas de uma grande personalidade, que foram capazes de enfrentar os preconceitos e se atreveram a ser livres. Por isso, sem dúvida, podemos dizer: Viva as mulheres fortes!
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