sábado, 12 de março de 2016

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Confissão
12/03/16


Quanto tempo vivi com subsídio de felicidade, às custas da minha sanidade e da de outros que me cercavam!

O peso da realidade, inevitavelmente, caiu sobre minha coluna e a fraturou.  Embora sentisse a dor lancinante, pude me levantar e seguir em frente ... às vezes sendo bípede ... às vezes como quadrúpede ... às vezes rastejando!  O maior estrago não se deu em mim!

Houve quem mais sofreu, pelas consequências dos males e conflitos que nem eram seus e que já existiam.  Essa inocência foi maculada para sempre ... e não há o que possa preencher esse rombo ou ferida - como quer que se nomeie. Eu permiti isso. Foi com o meu consentimento,  mesmo sem consciência disso - essa é a pior parte!
 
O tão tenro tecido, uma finíssima seda, teve sua trama esgarçada, hoje eu sei.  Não se pôde colocar um remendo nem novo, nem velho!  Não se sabe se um dia esse tecido voltará a ser perfeito, se poderá se regenerar.  Nem um transplante de ‘células-tronco’ pode refazer o que deveria ter sido, e tinha tudo para ser saudável!





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