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TÃO LOGO
O que
fazer com o que teima em extravasar? Algo que não podemos, nem sequer
mencionar, embora os olhos estejam secos, o coração se conserva molhado.
Quando fazemos uma carreira solo, num caminho para dois ou numa música composta
para ser entoada e apreciada em dueto e que conta apenas, com uma voz abafada e
rouca?
Ele
vaza, ele chora, ele prossegue, ele murmura algumas notas, ele existe, insiste,
resiste. Talvez, se eu o engolisse ou matasse? ... Engolir?
... Já fiz isso e ele reapareceu na garganta, no estômago, em qualquer outro
lugar! ... E se eu o matasse? ... Logo, seria preciso matar a mim mesmo.
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