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APENAS UMA
Eu sou muitas. Tenho umas que são feitas de seda, outras feitas de áspero. Em contrapartida, eu crio coragem e digo, às vezes, que sou feita de pedra, noutras de puro tecido nervoso, que sente e ressente, e até se arrepende. São tantas, que nem eu sei, quando e quanto posso confiar no espelho, quando ele vai se quebrar como eu, em muitos cacos ou quanto vai aguentar a verdade refletida.
Algumas ferem a mim mesma, outras se deixam ferir, por amor ou qualquer outro motivo. Eu não diria que são caras (de rostos) ..., mas de sentimentos e emoções, talvez mal controlados. Porque no fundo, sou uma só, quando consigo juntá-las, não a todas, mas ao maior número possível delas - minhas facetas dispersas e em lapidação, eu diria! Eu sinto, que não no fundo, mas bem no meio, elas dividem/partilham o mesmo coração.
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