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ENQUANTO HOUVER PERNAS
Devemos
dançar, enquanto há pernas que acompanhem a melodia, porque haverá música para dançar, mas pernas e vontade, nem sempre.
Devemos comer, enquanto há dentes capazes de mastigar e prazer de
saborear. Porque o tempo é escasso, ele
passa impiedoso e não liga, se escolhemos ‘não dançar’ ou ‘não comer’; para ele
- oportunidade passada é oportunidade perdida.
É preciso
viver, enquanto há desejo de se arrumar para sair, de encontrar pessoas e
conhecer lugares diferentes, porque talvez, essa vida não esteja tão plena e
tão a nosso favor, de gozarmos a dádiva do movimento prazeroso, quando quisermos. A alegria de reencontrar amigos, é uma coisa
primordial, porque o tempo também passa para eles e um dia, a alegria em
revê-los poderá ser impossível, pois eles ou nós, quem sabe, não estejamos mais
aqui. Uma dificuldade ou outra, pode nos
tornar mais reclusos, e como já disse, a inclemência dos tempos é tão certa,
quanto mais avançam os anos e as escolhas, por deixarmos para mais tarde. Não se pode voltar no tempo e aproveitarmos
as oportunidades perdidas, o que se perdeu – perdido estará.
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