domingo, 22 de maio de 2022

 

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ENQUANTO HOUVER PERNAS


Devemos dançar, enquanto há pernas que acompanhem a melodia, porque haverá música para dançar, mas pernas e vontade, nem sempre.  Devemos comer, enquanto há dentes capazes de mastigar e prazer de saborear.  Porque o tempo é escasso, ele passa impiedoso e não liga, se escolhemos ‘não dançar’ ou ‘não comer’; para ele - oportunidade passada é oportunidade perdida.

É preciso viver, enquanto há desejo de se arrumar para sair, de encontrar pessoas e conhecer lugares diferentes, porque talvez, essa vida não esteja tão plena e tão a nosso favor, de gozarmos a dádiva do movimento prazeroso, quando quisermos.  A alegria de reencontrar amigos, é uma coisa primordial, porque o tempo também passa para eles e um dia, a alegria em revê-los poderá ser impossível, pois eles ou nós, quem sabe, não estejamos mais aqui.  Uma dificuldade ou outra, pode nos tornar mais reclusos, e como já disse, a inclemência dos tempos é tão certa, quanto mais avançam os anos e as escolhas, por deixarmos para mais tarde.  Não se pode voltar no tempo e aproveitarmos as oportunidades perdidas, o que se perdeu – perdido estará.

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