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A BOCA GRANDE
Era coisa minha, só minha, eu lidei com isso, à minha moda. "Ninguém mandou sentir! Se sentiu? Então, dê um jeito de des_sentir!"
Foi o que fiz: como não pude des_sentir, tive que arranjar uma forma, de continuar sentindo, sem deixar que eu 'fosse sentido' pelo sentimento. Desde que a razão reconheça essa necessidade, trocando em miúdos, é mais ou menos assim: é exercício da prática constante, em manter a perfeita consciência do sentimento, sem que ele tenha a chance de machucar, com a promessa de realização de algo, sabidamente ilusório. Devo confessar, que nem sempre, eu consigo resistir à boca grande, que se escancara à minha frente, tem vezes, em que ela me engole, mas não sem antes mastigar-me com muito apetite.
arte __ agnes cecile
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