DAS RAÍZES À SOMBRA
08/12/20
Finalmente, dancei aquela música que eu tanto queria, de rosto colado e na melhor das companhias. A noite esteve amena e iluminada pela lua, podia-se sentir o perfume das flores noturnas, misturadas ao seu, ao meu ... mas não feriam o olfato, ao contrário, criavam uma atmosfera de intenso prazer. O ar era macio e o tempo parecia não estar sendo marcado.
Não houve uma só noite, em que o sol se pôs sobre um desentendimento. Não teve uma manhã que fosse regada de humor azedo. Se porventura, algo não esteve de acordo, ou não saiu como esperávamos, não fez a menor diferença. O bom humor, a paciência suplantaram o contratempo, que sempre foi pequeno - porque encontramos maneiras de remediar, o que pôde ter parecido irremediável. Teve sempre, uns minutos antes do estouro, uns minutos antes de uma palavra mais ríspida - decisivos para estabelecer o contato aberto e maduro, para a construção de uma convivência gostosa e tranquila.
Pudemos ir às festas, exultantes, desde o convite até o seu término. Fizemos aquela viagem, para um lugar magnífico, e tudo transcorreu na maior harmonia, desde a viagem de ida, até a curtição das fotos tiradas.
Por haver um sentimento de respeito para com as diferenças, foi possível a camaradagem, entre pessoas que acreditam no diálogo, que determinadas, a alimentar o amor, de vê-lo crescer como árvore frondosa, com muitos frutos e com sombra agradável de se deitar sob ela - provamos que isso não é feito inconcebível, basta querer e dedicação. Prova viva à posteridade: de que esse sentimento, é mais comportamento do que qualquer outra coisa, que o quanto ele cresce para cima, deve crescer também para baixo, nas raízes que o sustentam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário