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DE TODAS AS HORAS
07/12/20
És meu primeiro pensamento, quando abro meus olhos, na manhã. És meu último desejo, quando os fecho, antes de dormir. Povoas os meus sonhos, esporádicos e certos. Invades os meus desejos à luz do dia. É eventual e quase inevitável, que as coisas se invertam: que os desejos se estendam às horas claras - à vigília ... e tuas invasões não respeitem as horas escuras e fechadas.
Eu te asseguro, que haveria espaço em mim, para outros pensamentos e outros desejos; salvo ... quando não estivesses a colonizar o território dos meus sonhos e nem a dominar a clara realidade dos meus olhos ... mas é preciso confessar, que não deixas sobrar muito espaço para isso - pois fazes-te de estrangeiro em conterrâneo, conhecedor de todo o país.
Estou por minha conta e risco, porque as convenções não invalidam os sentimentos, nem tampouco, estes se intimidam por elas.
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