546 | UM BOM DIA | 26/10/17
A felicidade sempre morou ao seu lado,
a uma parede de distância,
a uma parede de distância,
ao alcance da mão.
Ele nunca dignou-se a bater-lhe à porta,
fazer-lhe uma visita.
Ou forçar um encontro casual, na rua,
pra sentir como ela era boa.
Imaginou sempre, bons muros entre os dois,
altos e grossos, aos quais escalava, às vezes,
curioso, pra espiar como vivia a vizinha.
Não teve a coragem de abrir a janela de sua casa,
toda a vez que ela passeava pela sua calçada.
Não conseguia olhar em seus olhos
e nem lhe dar um bom dia.
arte | jamie heiden
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