quarta-feira, 2 de outubro de 2019

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HUMANA E POSSÍVEL
02/10/19




Caso de amor, à primeira vista? ... ou não!
 Nem sempre! ...  acho que nunca é!
Foi ficando, aos pouquinhos, por admiração ou mesmo por natureza!

Ao nascer, não me reconheci, como sempre nos acontece!
Mas era uma história, já prevista, do que seria puro e merecido. 
Com o tempo, viria o despertar, a aceitação das coisas em mim, 
que eram minhas, só minhas e que me fariam ser eu mesma.

Entre erros e acertos, fui fazendo a minha forma. 
Do que vi e do que senti, fiz, o que veem e o que sentem sobre mim.
Se peco pela não transparência, é pelo quê,  em mim mesma, 
não me dei conta, ainda.

À minha inconsciência inicial, tenho somado uma boa parcela de apreço ao amor incondicional, por mim mesma - que já trazia comigo, sem o saber ... crescente a cada dia, a cada desafio vencido, até mesmo por aqueles, que não me foi permitido vencer, mas dei o melhor de mim.

Eu sou a pessoa mais próxima de mim e a mais presente na minha vida, em todas as circunstâncias.  Quando tudo o mais me falta, desde uma presença alheia (nem que seja para fazer número) ou até a mínima consideração, pelo meu esforço; ou ainda, quando tudo parece dar errado - eu sei, que eu estou comigo, que posso contar com a minha presença e com a minha própria compaixão.  Isso é o que basta, à minha inegável, temporária,
humana e possível condição.


arte | monica crema

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