Através do vidro embaçado do veículo, podia divisar a história que eu deixava pra trás. Caminhos íngremes, que ora, eram descendentes, porque eu fazia o caminho de volta.
Podia ver o quanto fizera e por quantas vezes, coisa que não foi possível ser vista quando só olhava pra frente.
Acho que esse, é o olhar da experiência, de que tanto falam, não alcançável senão, depois de muito esforço, quando se tem a coragem de olhar pra trás e analisar, se devemos persistir no mesmo caminho ou aventurar por outro.
Inexplicavelmente, estava firme e segura, com o sentimento de integridade todo dentro de mim, como se estivesse amparada, mas não havia ninguém ao meu lado, só eu, comigo mesma, o que me era mais do que suficiente. Acho que pela primeira vez, senti realmente, que eu estava do meu lado, priorizando o que é meu.
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