Porque ainda somos crianças emocionais e procuramos uma mão forte, para nos ajudar a atravessar as ruas.
Porque, a despeito de todos os recursos que temos, para afastarmos a insegurança, ainda somos assombrados por ela, a todo instante - com o indesejado improvável.
Por quê? Porque desenhamos a linha da nossa vida, muito acima do traço seco da realidade - e a queda é certa.
Porque caçamos água em terreno seco, depositamos nossas sementes em chão infértil.
Porque o amor que temos não basta. Não - o tipo de amor que carregamos.
Porque apesar de toda a previdência, da qual nos cercamos, na tentativa de evitarmos qualquer erro - os fatores desconhecidos, nos colocam em solo movediço. E temos apenas duas certezas certas: a morte e a dor - numa ordem de importância e grandeza, ... dor e morte - na sequência em que acontecem.
Os por quês, são também os porquês. A resposta está na elaboração da pergunta. A pergunta responde a si mesma. A pergunta, é ao mesmo tempo resposta. E as respostas geram outras perguntas.
Porque somos crianças inseguras, imaturas, imaginativas, ignorantes e de amor imperfeito.
E crianças, buscam a segurança, o conhecimento, o amor, desenham desenhos rudimentares, que se iniciam com traços incertos e trêmulos, tendenciosos a se fortalecerem. Mas a cada linha da vida, riscada acima do traço da realidade, é certo que, o atraímos para cima, cada vez mais.
A cada tentativa, ficamos mais seguros, aprendemos mais das coisas e diminuímos nossa ignorância, descobrindo aos poucos e a duras penas - que o amor pode ser menos imperfeito.
A cada tentativa, ficamos mais seguros, aprendemos mais das coisas e diminuímos nossa ignorância, descobrindo aos poucos e a duras penas - que o amor pode ser menos imperfeito.
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