segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016






A maior parte dos pensamentos que as pessoas têm são involuntários, automáticos e repetitivos. Não passam de uma espécie de energia mental estática sem qualquer objetivo real. Rigorosamente falando, nós não pensamos: os pensamentos são algo que nos acontece. A afirmação «Eu penso» implica vontade. Pressupõe que temos algo a dizer em relação a alguma coisa, que fizemos uma escolha. Para um grande número de pessoas, este ainda não é o caso. «Eu penso» é uma afirmação tão falsacomo «Eu digiro» ou «Eu faço o meu sangue circular». A digestão acontece, a circulação acontece, o pensamento acontece.
A voz que existe dentro da nossa cabeça tem vida própria. A maior parte das pessoas está à mercê dessa voz, o que significa que são dominadas pelo pensamento, pela mente. Uma vez que a mente é condicionada pelo passado, as pessoas são obrigadas a revivê-lo vezes sem conta. O termo empregue no Oriente para este condicionamento é o karma. Quando nos identificamos com esta voz, é claro que não o sabemos. Se soubéssemos, deixaríamos de ser dominados por ela, pois só somos verdadeiramente dominados quando confundimos a entidade dominadora com quem somos, ou seja, quando nos transformamos nela.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 110)


As pessoas prejudicam inconscientemente o seu próprio trabalho ao recusarem ajudar os outros ou dar-lhes informações, ou ainda ao tentarem enfraquecê-los insidiosamente para não serem mais bem sucedidos ou para não obterem mais crédito do que «elas próprias». A entreajuda é o oposto do ego, exceto se tiver algum interesse secundário. O ego não sabe que quantos mais incluímos os outros, mais suavemente as coisas fluem e mais facilmente vêm até nós. Quando a ajuda que damos aos outros é pouca ou nenhuma, ou quando colocamos obstáculos no seu caminho, a ajuda que o Universo nos dá - sob a forma de pessoas e circunstâncias - é pouca ou nenhuma, pois cortámos a nossa ligação com o todo.
A sensação fundamental e inconsciente do ego de «não ser/ter o suficiente» fá-lo reagir ao êxito de outra pessoa como se esse êxito tivesse retirado alguma coisa de «si próprio». O ego não sabe que o nosso ressentimento em relação ao êxito de outra pessoa reduz as nossas próprias hipóteses de êxito. Para atrair a boa sorte, é preciso acolhê-la onde quer que a vejamos.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo pág. 105)

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