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Pingos de choro
28/02/16
As 'rainhas do abismo' - têm esse nome, porque reinam mesmo solitárias,
em qualquer reentrância das pedras, nos penhascos ou no chão pedregoso sem
terra.
'Eremitas'- vivem isoladas e auto-suficientes
de quase tudo. Nascem no verão e continuam a desabrochar nos
primeiros meses do outono.
Vamos falar de uma em 'específico', que
pendurou-se num paredão íngreme de uma encosta - numa falésia morta de
granito. É como se nascesse da rocha,
embora sabe-se que a semente foi trazida pelo vento ou pelo bico de um
pássaro...
Vive da luz do sol. Se alimenta do ar e de pequenos
'pingos de choro', de sabor doce, que a natureza respinga sobre
ela , de uma queda dágua próxima, antes que esta alcance o mar.
São pequenas flores alaranjadas em formato de
sinos alongados - representam a esperança de sobrevivência em locais rudes e inclementes, que não lhes
oferecem nenhuma hospitalidade.
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