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SEUS OLHOS, MERGULHO OU VIAGEM
25/10/20
Seus olhos me enganam, mas uma vez
dentro deles, não sei se me encontro imersa, num mergulho de águas azuis tão
profundamente esverdeadas ou se me embrenho pelo verde-outono-encantado das
florestas. De todas as formas, estou fora de mim, na aventura de
entregar-me à uma desbravamento, voluntário e premeditado.
A cor de seus olhos, pode me enganar, o azul pode se tornar verde-outono, sob o sol; mas quanto ao mistério, à profundidade e encanto, sinto-os, sempre presentes, tanto no mergulho azul, ao qual me entrego - aos olhos de águas; quanto na viagem exploradora pelas matas - aos olhos de folhagens. Ambos me consomem por inteira, em deslumbramento: por me deixar conhecer suas criaturas abissais; por me permitir ouvir os cantos e sussurros das matas, vislumbrar seus seres diáfanos, por descobrir seus caminhos secretos e escondidos; por saborear seus frutos desconhecidos.
arte | catrin welz-stein
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