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CICLO E CÍRCULO / A COBRA E A BARATA
11/10/20
Nasço, vivo e morro, dentro de um pensamento; para renascer no outro seguinte, recomeçando o ciclo, sem sair de dentro do círculo.
Como a cobra atrás de seu rabo, é sempre o mesmo caminho, sigo a linha redonda, que vai dar no mesmo lugar - acabo por abocanhar o meu próprio rabo. Ando, ando e chego sempre ao mesmo ponto - o de partida, que também é o de chegada. Qualquer que seja a minha direção, não saio de dentro dos limites que eu mesmo traço. Parece um comportamento insano, de quem tem pouco, ou nenhum juízo, mas é assim que acontece - personifico a 'barata tonta'.
Por não enxergar um traçado diferente, a ser preenchido pelos meus passos, vou andando pelos mesmos, meus velhos conhecidos, calejando os pés e gastando os caminhos.
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