quinta-feira, 1 de junho de 2017



Você sabe como o mar afeta o nosso cérebro?





Você consegue imaginar como o mar afeta o nosso cérebro? Este imenso azul que cobre quase 80% do planeta é um lugar fantástico, tão cruel e poderoso quanto romântico e profundo. Um gigante ora violento, ora calmo e inspirador.
Grandes escritores como Charles Baudelaire tiveram tanto admiração quanto respeito por ele. Dos seus lábios nasceram expressões como “homem livre, você sempre amará o mar!”. Este lugar que guarda um espaço tão especial para o ser humano é muito mais do que uma massa instigante de água.
Vários neurocientistas estudaram como o mar afeta o nosso cérebro. Das suas experiências e publicações podemos citar nomes como M. Rudd, R.A. Baron ou M.C. Diaomond. Todos eles investigaram que efeitos o oceano provoca na nossa mente. Você tem ideia de como ele pode nos influenciar?
O fato é que os efeitos do mar sobre a psique são, em geral, bastante positivos. O romanticismo e o desejo de liberdade que nos inspiram não são à toa, pois estão justificados e calçados na ciência.

O mar provoca admiração no ser humano

Neste caso foram diversos psicólogos das Universidades de Minnesota e Stanford que conduziram uma pesquisa sobre os efeitos do mar no cérebro humano. Uma das conclusões que tiraram é que a imensidão que o oceano projeta provoca um estado de admiração e surpresa em nossa psique.
Na verdade, este processo nos traz bem-estar. E é curioso, dado que é algo tão imenso que poderia nos matar com uma simples onda. Mas a experiência expansiva que provoca induz a mudanças positivas em nossos esquemas mentais graças a como nossa mente procura processar a paisagem.
Portanto, o mar nos induz a uma mudança drástica de padrões e tomada de decisões que, por exemplo, contribui para que sejamos mais generosos. Além disso, como se fosse pouco, a nossa percepção de tempo também varia, sendo esta muito mais lenta, inclusive chegando a ter a sensação de que o tempo parou.

O mar é um estimulante criativo

Em geral, enquanto trabalhamos, falamos ou cuidamos das crianças, o cérebro humano entra em estado ocupado, por assim dizer. Contudo, o mar muda tal estado drasticamente e “relaxa os nossos processos mentais”.
Uma vez que estamos relaxados, é acionada a rede de neurônios por default. E neste estado de tranquilidade total da imensidão do mar chegam ao cérebro humano as ideias mais brilhantes, criativas, claras e originais.
Na verdade o processo é relativamente fácil de entender. Ao entrar em modo de relaxamento, nossas preocupações ficam de lado. Nesse momento, a zona pré-frontal do cérebro deixa o controle do mesmo, de modo que a criatividade, os devaneios e quase uma certa magia fluem generosamente. Então, nossas opiniões se tornam mais originais, menos críticas e muito mais abertas.

O mar é um indutor da meditação

Muitos são os efeitos positivos que o mar tem na nossa mente. A meditação é uma técnica ancestral que provou os seus benefícios para cérebro humano. O estado meditativo potencializa a estimulação das ondas cerebrais, que podem inclusive chegar a mudar.
Neste caso são as ondas do mar as encarregadas de nos induzir a estados de mindfulnessO som e o seu efeito faz com que as ondas alfa do cérebro, que se vinculam ao esforço, mas também ao relaxamento e à tranquilidade, permitam que tudo ao nosso redor pareça desaparecer.
Como já dissemos, o mar induz o cérebro humano à criatividade. Curiosamente, esta também se relaciona com as ondas alfa cerebrais, que produzem estados de clareza mental. Por isso ele tem o poder de fazer desaparecer todo nosso entorno, ficando apenas nós mesmos, como suspensos em uma bolha onde todo o nosso ser parece ganhar sentido.
Agora você já sabe um pouco mais sobre como o mar afeta o nosso cérebro. Basta aproveitá-lo em seu estado mais puro. Quando tiver a oportunidade de contemplar esse oceano azul, não a desperdice; todo o seu ser irá agradecer, a começar pela sua mente.

“É preciso olhar sempre o mar. É um espelho que não sabe mentir.”
-Yasmina Khadra-


“O mar era uma das coisas mais maravilhosas que tinha visto até então. Era grande e profundo, muito mais do que pudera imaginar. Mudava de cor, de forma, de expressão segundo a hora, o tempo e o lugar.”
-Haruki Murakami-





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