quinta-feira, 30 de julho de 2015


Compaixão


A compreensão desta dimensão imortal, a sua verdadeira natureza, é o outro lado da compaixão. A um nível de profundo sentimento, você reconhecerá agora não apenas a sua própria imortalidade, mas, através dela, a imortalidade de todas as outras criaturas. Ao nível das formas, você partilha a mortalidade e a precariedade da existência. Ao nível do Ser, partilha a vida radiosa e eterna. São estes os dois aspetos da compaixão. Na compaixão, os sentimentos aparentemente opostos de tristeza e de alegria fundem-se num só e transmutam-se numa paz interior profunda. É a paz de Deus. É um dos sentimentos mais nobres de que os seres humanos são capazes, e possui um grande poder de cura e de transformação. Mas a verdadeira compaixão, tal como acabei de a descrever, ainda é muito rara. Ter uma empatia profunda com o sofrimento de outrem requer certamente um elevado grau de consciência. Não é completo. A verdadeira compaixão ultrapassa a empatia ou a simpatia. Não acontece antes de a tristeza se fundir com a alegria, a alegria do Ser para além da forma, a alegria da vida eterna.
Eckhart Tolle (O Poder do Agora, pág. 200)

Nenhum comentário:

Postar um comentário