Panos bicolores enfeitavam
os arcos das paredes, mesas, janelas ; garantindo à noite, um aspecto nostálgico,
de ouro e preto... Homens de blusas listradas com seus chapéus de
gondoleiros, em sua gôndolas implícitas, atravessavam silenciosos, os canais de
água salgada e escura. Sob as luzes difusas
das lanternas e por suas sombras, faziam projetar gigantes, que se arrastavam acorrentados pela escuridão deixada para trás...
Na festa em terra, cada um com a sua máscara atrelada
ao rosto, fez como pode. Uns pelos
rituais de passagem de amor, dinheiro, paz; outros com flashes, poses e
cristais tilintando. Todos emprestavam
um brilho falso à noite. Pode ter sido a
chuva repentina da última hora, que não nos deixou encontrar a alegria que as
máscaras nos prometeram!
Nem a claridade dos
fogos foi suficiente para fazer o brilho do ouro predominar sobre o preto! 07/01/08
Nenhum comentário:
Postar um comentário