sábado, 27 de junho de 2015


           


Panos bicolores enfeitavam os arcos das paredes,  mesas,  janelas ; garantindo à noite, um aspecto nostálgico, de ouro e preto...   Homens de blusas listradas com seus chapéus de gondoleiros, em sua gôndolas implícitas, atravessavam silenciosos, os canais de água salgada e escura.  Sob as luzes difusas das lanternas e por suas sombras,  faziam projetar gigantes, que se arrastavam acorrentados pela escuridão deixada para trás...

Na festa  em terra, cada um com a sua máscara atrelada ao rosto, fez como pode.  Uns pelos rituais de passagem de amor, dinheiro, paz; outros com flashes, poses e cristais tilintando.  Todos emprestavam um brilho falso à noite.  Pode ter sido a chuva repentina da última hora, que não nos deixou encontrar a alegria que as máscaras nos prometeram!

Nem a claridade dos fogos foi suficiente para fazer o brilho do ouro predominar sobre o preto!                                                             07/01/08

                                                                                                                                        

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