sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

1460

O MAL E O SEU BEM




Onde fica o 'quinto dos infernos'?  Um patamar abaixo do quarto!?  Exatamente onde, podemos situar, o tido como - o 'pior e mais temido' de todos eles - dentro de um espaço circunscrito e preciso?


Ele pode ser colocado, no ponto onde os jovens involuntariamente, oferecem suas vidas pelos ideais dos mais velhos.  Pode ser visto na fome, na doença, na catástrofe; mas até da guerra se tira exemplo, porque não importa quem vença, todos perdem.  Da ganância, das perdas e dos fatos mais terríveis, podemos extrair por experiência, o que nunca mais deveria ser repetido, um exemplo a não ser seguido.  Porque tudo nos serve de exemplo - bom ou não - basta que saibamos distinguir as consequências deixadas como rastro.  Do mal pode-se tirar o bem.

Pois eu digo que, não há longitude e nem altitude, que definam os limites de cada um deles; num simples plano cartesiano ou mesmo dentro da nossa imaginação abstrata.  Nem mesmo o tempo pode precisar ou demarcar uma linha de separação entre os dois. Estão sobrepostos, da mesma forma que o céu se sobrepõe ao inferno e este sobre o primeiro ... os infernos estão tão emaranhados entre si, quanto os seres humanos, se encontram intrincados e comprometidos, uns com os outros.  Nem tudo é o que parece ser, só a posteridade nos dá a compreensão do que foi, de verdade.  A humanidade deve estar unida pelo que tem em comum: a própria natureza humana e suas necessidades de subsistência e evolução ... e não pelas diferenças de etnia, religião ou qualquer outro sistema de ideias, de valores e de princípios.

Ainda não somos uma humanidade, propriamente dita.  Até que o menor seja amparado, em vez de subjugado; até que os interesses de uns poucos, não prevaleçam sobre os demais, que se encontram enfraquecidos e sem voz ... não poderemos dizer que somos 'humanidade'.  Humanidade, não é termos unanimidade na forma de viver, pensar ou sentir ... mas sobretudo, respeito, quanto à forma de viver, maneira de pensar ou sentir alheios, sejam eles familiares ou povos distantes.  É a multidiversidade que deve preencher as necessidades de recursos físicos e humanos de todos os povos.  Viver e deixar viver, porque afinal, todos transitamos pela espiral ascendente, contínua e certa da evolução.



Nenhum comentário:

Postar um comentário