domingo, 15 de abril de 2018


UM SOM FAMILIAR                                                                                             661





Eu tinha me esquecido do significado daquele som.  Em outros tempos, era só ouvi-lo uma vez, para saber o que acontecia.

Mas naquela manhãzinha de domingo, precisei ouvir algumas vezes, o mesmo barulho e a sua cadência.

Só então me lembrei do que queria dizer.  Que chovia, mas não uma chuva muito forte, e sim uma garoa um pouco mais grossa, que fazia com que, pingo a pingo, a água escorresse do telhado em algum ponto e provocasse um som intermitente, numa  telha de amianto talvez, ou num pedaço de metal, não sei.  'Pin ... pin ... pin ...'

Eram pingos caindo num ritmo certo sobre uma superfície anunciando algo, antes que eu saísse da cama. Eram música para meus ouvidos, numa percussão rudimentar, porém muito agradável.

Achando que era mais cedo do que realmente era, eu abri a janela e vi, tinha chovido e devia continuar a chover pelo resto do dia. Parece, que a meteorologia tinha acertado quanto à mudança do tempo.

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