'UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO
HUMANO’
46 – AS RAZÕES DA
RAZÃO
A minha parte racional, pode até
julgar que todas as minhas necessidades estejam atendidas, num determinado
momento. Mas se uma sensação me indicando um vazio, a reclamar um complemento, que
eu não sei qual é, e nem onde buscar, está presente – é sinal de que tem coisa
errada.
A ideia que me ocorre para explicar é, que eu conheço as
variáveis de uma equação, mas a conta não fecha, o resultado não condiz com aquele
a que deveria chegar. Se a conta tem que
fechar, devo rever todos os cálculos.
A razão e a emoção são duas partes que brigam o tempo todo. Têm
interesses em comum - o bem estar e o equilíbrio da mesma pessoa, mas cada
uma usa de sua linguagem particular, desconhecida da outra. Fica
difícil um acordo entre elas.
A primeira sempre muito eloquente, tenta convencer a segunda, de
que não há razões para descontentamento. O emocional ‘estar descontente’ é fato, e como a emoção
não é muito boa com as palavras, não pode se expressar corretamente, pois usa
de sentimentos e sensações, para os quais a razão é insensível. Como quiserem, a razão pode enxergar mal, ou
ouvir mal, o certo é que ela é imperativa, e no meu caso despótica.
Mesmo que a emoção se descabele, e a emoção grita a insatisfação
e tortura a minha estrutura humana, o racional não se abala - a emoção leva a pior.
Eu sei que a insatisfação é real e não inventada, que está incompleta – que
deve ser buscada.
Não estar confortável, para mim
é uma constatação de que a razão não tem toda a razão.
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