terça-feira, 17 de abril de 2018
A IMAGEM VERDADEIRA 665
Na poça de água suja, eu vi o reflexo do edifício, que me pareceu sujo também.
Cada vez que o vento agitava a água estagnada, a imagem do prédio tremulava feito uma bandeira e o tornava instável.
O movimento não permitia que a sujeira descesse ao fundo, como eu queria vê-la, decantada em algum momento.
Ergui os meus olhos e não vi o que supus pela minha visão indireta - o prédio estava recém pintado e de aspecto muito bom, apresentando-se firme e estável.
A poça de água tinha sido uma espécie de lente, através da qual me servi para ver o prédio, por reflexo, mas que distorcendo a imagem verdadeira, me enganou.
Foi só preciso que eu levantasse meus olhos, para poder enxergar com clareza, a realidade à minha frente.
Para apreciar a imagem verdadeira é preciso ter a coragem de um olhar direto, sem desvio ou subterfúgio.
Às vezes, é imprescindível, colocar nossos óculos mais na ponta do nariz e olhar por sobre as lentes, porque estas corrigem deficiências físicas dos olhos, mas não corrigem a deficiência da alma.
É preciso enxergar através 'dela', com os olhos 'dela.
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