"CONOSCO NINGUÉM PODOSCO" __ 669
Ele mesmo os faz, julga e aplica. Acumula funções de poderes
que outorgou a si mesmo! Tem a caneta, o martelo e a forca, porque o
chicote não é o bastante. Poderes? ... de seus propriamente ditos? ...
nenhum! Mas, porque assim precisa que seja, considerar-se o
supra-sumo - para 'poder tudo', auto-denominar-se 'a referência' e ser o
senhor absoluto.
Legisla sempre a seu favor é claro,
usa a mesma balança, com um prato viciado ... e antes de fazer cumprir a
sentença de morte ao outro, aplica-lhe a tortura, com prazer. Não há réu
que saia ileso dessa raiva, porque ninguém detém a razão, senão ele. É o
famoso: 'conosco ninguém podosco'. A pessoa que acredita que as consciências podem ser compradas, em algum momento da negociação.
É assim que vive, de inventar
decretos-leis, e fazer com que sejam cumpridos, os decretos e a sua
vontade, a ferro e fogo, até que o devedor pague o último ceitil, de uma
dívida hipotética mas justíssima! ... de acordo com a sua peculiar e
tendenciosa justiça!
Aprisionado entre dois totens,
rígidos e inabaláveis, adorando a um, renegando e abominando o outro,
representantes das polaridades: sim, não, certo, errado, bonito, feio ...
entre outros.
Arrota capacidade, autoridade e
idoneidade que não tem, para determinar qual é qual, depois segue em frente sem
se dar conta de suas perdas, tendo a plena certeza de que ganha todas.
Usa como critério seus parcos
conhecimentos e convicções pessoais, arcaicas e cristalizadas.
É incapaz de arriscar um voo rasante
sequer, sobre seus instintos mais elementares, que o prendem ao chão.
Como também é incapaz de supor, que entre os dois totens, existam inúmeras e
viáveis combinações de possibilidades de vida, sucesso e felicidade, que devem
ser respeitadas.
Nem cogita, de que o seu modo de vida
e visão, têm o mesmo merecimento ao sol que os demais, que devem ficar no
mesmo patamar de direitos, e o principal: que para esses quesitos não há
juízes, nem certos, nem errados.
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