22/04/16
Quisera recordar-me
como lembrança vívida:
da relva fresca e úmida
sob meus pés dançantes em volta do fogo!
Não como de um sonho, não como mito!
Certificar-me do vento noturno e real
que enquanto rodopio
brinca com os meus cabelos!
Muito perto de todos os elementos!
Da música que tocava os corações
e que era impossível não dançar
... não se entregar a ela!
Assegurar-me do bem intrínseco
decidido e decretado em favor da criação
... um caminho benigno e ordenado a todos os seres!
Dentre os quais, aquele a quem dei à vida
e não quis tê-lo de volta em meu ventre
por confiar num futuro certo e promissor ...
de ter ele a proteção de um deus
com braços e coração maiores do que os meus!
Reviver a liberdade
... de descartar 'minhas partes mortas'
... para imortalizar o que me é solene e essencial!
Permitir-me ...
integrar o ‘todo’ em mim e
ser capaz de desintegra-me
sem receio de me perder ...
para depois achar lugar dentro ‘dele’
como sendo eu mesma!
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