segunda-feira, 16 de maio de 2016




A liberdade começa com a confirmação de que não se é «o pensador».
No momento em que a pessoa começa a observar o pensador, desperta um nível superior de consciência. Nessa altura, começa a perceber que existe um vasto domínio de inteligência além do pensamento, que este é apenas um ínfimo aspeto dessa inteligência.
A pessoa entende ainda que todas as coisas que realmente importam (a beleza, o amor, a criatividade, a alegria, a paz interior) nascem além da mente.
A pessoa começa a despertar.
Eckhart Tolle (A Prática do Poder do Agora, pág. 7)


Mas há boas notícias: você pode libertar-se da sua mente. É a única libertação verdadeira. Poderá começar a dar o primeiro passo já neste momento. Comece por ouvir a voz dentro da sua cabeça o maior número de vezes que puder. Preste particular atenção a quaisquer padrões de pensamento repetitivos, esses velhos discos riscados que provavelmente estão a tocar na sua cabeça há muitos anos. É isso que eu quero dizer com "observar o pensador", que é uma outra maneira de dizer: escute a voz dentro da sua cabeça, esteja lá como testemunha presencial.
Ao escutar essa voz, escute-a com imparcialidade. O mesmo é dizer, não julgue. Não critique nem condene o que ouve, porque fazê-lo significaria deixar a mesma voz entrar novamente pela porta de trás. Depressa compreenderá: lá está a voz, e aqui estou eu a ouvi-la, a observá-la. Esta consciência de que eu estou, esta sensação da sua própria presença, não é um pensamento. Tem origem para além da mente.
Eckhart Tolle (O Poder do Agora, pág. 37)


Desde que você se identifique com a sua mente, a dor é inevitável, o que é o mesmo que dizer desde que seja inconsciente, falando em termos espirituais. Estou a falar basicamente de dor emocional, que é também a principal causa de dor e de doenças físicas. O ressentimento, o ódio, a autocomiseração, a culpa, a raiva, a depressão, o ciúme, etc., ou mesmo a mais ténue irritação, são formas de dor. E cada prazer ou pico emocional contém dentro de si a semente da dor: o seu oposto inseparável, que a seu tempo se manifestará.
Qualquer pessoa que já tenha tomado drogas para ficar «alto» saberá que desse pico a pessoa acabará por ficar em «baixo», que o prazer se transforma em alguma forma de dor. Muitas pessoas também sabem, a partir da sua própria experiência, com facilidade e rapidez um relacionamento íntimo se pode transformar de uma fonte de prazer numa fonte de dor. Visto a partir de uma perspetiva superior, tanto a polaridade negativa como a positiva são faces da mesma moeda, são parte da dor subjacente que é inseparável do estado de consciência egocêntrica que se identifica com a mente.
Há dois níveis para a dor que você sente: a dor que gera agora e a que vem do passado, que ainda continua a viver na sua mente e no seu corpo.
Eckhart Tolle (A Prática do Poder do Agora, pág. 72)



Quando observamos uma árvore e discernimos a serenidade que ela possui, tornamo-nos serenos. Ligamo-nos a ela a um nível muito profundo. Sentimo-nos unos com tudo o que percebemos através dessa serenidade e com tudo o que percebemos nela. Esse sentimento de harmonia entre nós e todas as coisas é amor.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 17)



A aceitação daquilo que é, do momento tal como é, transporta-o a um nível de profundidade tal que o seu estado interior e a consciência do eu já não dependem dos juízos mentais de "bom" ou de "mau".
Quando disser "sim" ao "isto é assim" da vida, quando aceitar o momento como ele se apresenta, será capaz de experimentar uma sensação de imensidão interior extraordinariamente apaziguadora.
Na aparência, poderá ainda ficar feliz quando estiver sol e não tão feliz quando chover; poderá ficar feliz se ganhar um milhão de euros e infeliz se perder todos os seus haveres. Contudo, a felicidade e a infelicidade nunca mais serão vividas de maneira tão intensa. Na verdade, aqueles sentimentos são meras rugas na superfície do seu Ser. Dentro de si, a base de paz permanecerá imperturbável independentemente da natureza das circunstâncias do mundo exterior.
O "sim" ao momento tal como ele é revela uma dimensão de profundidade interior que não está dependente nem das circunstâncias exteriores nem das condições internas de constante flutuação dos pensamentos e das emoções.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 74)




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