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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
'O OUTRO E A EXPECTATIVA'
Tanto faz, como quiserem
chamar, insanidade ou suicídio emocional ou rota de colisão ou qualquer nome
que queiram dar. Ao alimentamos expectativas em relação ao outro, selamos um ‘destino
certo’ para nossas emoções – de frustração e desespero. Se nas nossas expectativas, sobre o que
queremos concretizar, em nós mesmos, temos dificuldade de alcançar (e isso não depende
de ninguém mais além de nós) ... o que
dizermos então, da reação alheia perante nossas ações?!
Ao esperarmos um
específico ‘retorno do outro’, criamos um espaço para colocá-lo, que dificilmente,
será preenchido à contento; bem provável, que o espaço nunca se encha na
totalidade, deixando-nos uma sensação de fracasso, insatisfação e consequente
desilusão.
Um espaço que
nunca se completa ou um saco que nunca fica cheio ou uma satisfação que não vem
- é o resultado que obtemos das ‘falsas promessas’ que fazemos a nós mesmos,
quando contamos com a compensação aos nossos anseios, provinda do comportamento
do outro, que esperamos ser condizente com os nossos esforços! A realização de tais promessas, não compete a
nós; muito menos determinar o tamanho que devem ocupar as respostas recebidas,
se vão ou não agradar a nossa demanda.
A palavra ‘outro’,
já diz tudo – não se trata mais de ‘mim’ ou de ‘nós’, trata-se de outro estágio
de consciência, de experiências diferentes, de necessidades e capacidades diversas
- um universo distinto do nosso, embora partilhe conosco a convivência, nos
mesmos época e local. É outra identidade,
com outro conteúdo; outros anseios, não necessariamente iguais aos nossos.
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