Nesse mundo de
inadequação e inversão, vamos nos atualizando e transformando. Já não somos mais quem éramos, mas não há
tempo para nostalgia ... ou será que há?
Na verdade, somos
seres em mutação biológica e mental, social e espiritual e noutras tantas subdivisões,
que quase não nos reconhecemos, ao olharmos para trás. É cruel, a forma como essa mudança se dá, pela
força de arrastamento, que a sociedade nos impõe. Na ânsia de acompanharmos toda essa
modernidade - onde o que ‘era’, agora já não ‘é’ mais, faz de nós, pessoas perseguidoras
do próprio rabo. Uma insanidade, que nos
leva cada vez mais, para mais longe do que fomos.
A mudança deve
ocorrer, sempre, mas existem valores que devem ocupar os primeiros lugares na
lista. Não importa se o que fizemos até
agora, o fizemos do jeito errado, porque não existe uma única forma de se fazer
as coisas. Trago para nós a
responsabilidade, sobre qual espécie de ‘ser’ que estamos nos tornando - humanos?
... desumanos? Essa urgência toda, de
atualização, está nos levando de fato à evolução?
A inadequação
é fato, a insatisfação também. A cada
nova informação, uma maneira ‘correta’ de se fazer as coisas, invalidando nosso
aprendizado; parecendo até que o mundo é feito apenas de gases, de suposições, voláteis
e substituíveis. A todo instante, surgem
novas formas de ‘se fazer’, que uma vez surgidas, têm prazo de validade muito
curto e se autodestroem, muito mais rapidamente, do que conseguimos acompanhar.
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