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CASO, ACASO
Nada é mais nostálgico, do que me lembrar de um grande
desejo, que quase aconteceu. Essa
lembrança é reticências que coloquei entre parênteses, onde cabe toda uma
narrativa criativa, contada por mim, para mim mesmo - de muitas sensações e
sentimentos. É o meu pensamento, que continua por conta própria, na tentativa de preencher o que faltou.
Nessa lacuna da história - que está longe de ser um
vazio - existe um mundo de coisas não vividas, de fato ..., mas sentidas. A linguagem tem um monossílabo capaz de
representar esse ‘pedaço’, mas se sabe que na realidade ele não existe, por não
se aplicar às coisas não realizadas, para se tornarem reais.
O ‘se retroativo’, na linha dos acontecimentos é inconcebível, porque não faz realizar nem um mínimo desejo a mais, com seu uso. Essa palavra está aí, só para nos dar uma
falsa esperança e nos levar a um arrependimento tardio ... do que poderíamos
ter feito, dito ou não feito e não dito, quando na verdade, o que está feito ou
dito, não pode ser refeito ou desfeito, nem desdito.
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