sábado, 2 de julho de 2022

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CASO, ACASO 

Nada é mais nostálgico, do que me lembrar de um grande desejo, que quase aconteceu.  Essa lembrança é reticências que coloquei entre parênteses, onde cabe toda uma narrativa criativa, contada por mim, para mim mesmo - de muitas sensações e sentimentos.  É o meu pensamento, que continua por conta própria, na tentativa de preencher o que faltou.

Nessa lacuna da história - que está longe de ser um vazio - existe um mundo de coisas não vividas, de fato ..., mas sentidas.  A linguagem tem um monossílabo capaz de representar esse ‘pedaço’, mas se sabe que na realidade ele não existe, por não se aplicar às coisas não realizadas, para se tornarem reais. 

O ‘se retroativo’, na linha dos acontecimentos é inconcebível, porque não faz realizar nem um mínimo desejo a mais, com seu uso.  Essa palavra está aí, só para nos dar uma falsa esperança e nos levar a um arrependimento tardio ... do que poderíamos ter feito, dito ou não feito e não dito, quando na verdade, o que está feito ou dito, não pode ser refeito ou desfeito, nem desdito.



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