sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

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CORAÇÃO DE NAPOLEÃO



 

É do tempo, em que eu somava os anos, pois os contava de forma crescente.  Hoje, subtraio, porque,  eu  os desconto, dos que ainda me restam.  Do mesmo tempo, em que era preciso um despertador para acordar ... agora, meu corpo já conhece as horas.  

Idem, ao tempo em que, eu perdia meu tempo, em reformar o mundo, com as minhas ideias de observador simplório; no tempo das bocas grandes, sem culpa e consequências.  À medida, em que os anos chegavam, a expectativa era de realização e conquista.  Enquanto

Pois então, os tempos são outros, bem mais curtos, e sei que, deixar certas coisas como elas 'são', pode ser sinal de sabedoria e significar ganho de eficiência.  Ao que se come hoje, se responde de forma, diretamente proporcional, com os malefícios à saúde ou benefícios.

Enquanto vejo os anos 'irem-se', o meu calendário de validade fica cada vez mais, com menos folhas ... A realização e a conquista (?), ainda estão presentes (!) ... porém com algumas ressalvas e adaptações.  É preciso, redirecionar a rota e é imprescindível, priorizar as metas.



Napoleão tinha coração, sim!  

Tinha um chapéu de muitas abas, claras como o céu

porque afinal, o recheio, se acumulava bem no meio!

Era doce, era afetivo e de semblante atrativo!

Os primeiros, comiam suas beiradas, pouco encharcadas ...

aos últimos, reservava-se o coração - quanta emoção!

Era cheio de chocolate!  E como sempre, causava debate!

Concentração de pura doçura, resultado da ternura

e do trabalho das mãos carinhosas e virtuosas ...

de quem trazia em seu coração, amor em saturação

em suas veias, um rio caudaloso de empatias!

Ninguém sabia o que acontecia

em sua cozinha, quando 'ela' criava sozinha 

... vó Maria, fazia sua alquimia!

Acho que seu coração estava sempre em oração!

Do coração de Maria, saia alegria ...

das mãos de Maria escorriam bençãos ...



arte __ THAI MY PHUONG






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