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CORAÇÃO DE NAPOLEÃO
É do tempo,
em que eu somava os anos, pois os contava de forma crescente. Hoje,
subtraio, porque, eu os desconto, dos que ainda me
restam. Do mesmo tempo, em que era preciso um despertador para acordar
... agora, meu corpo já conhece as horas.
Idem, ao tempo
em que, eu perdia meu tempo, em reformar o mundo, com as minhas ideias de
observador simplório; no tempo das bocas grandes, sem culpa e
consequências. À medida, em que os anos chegavam, a expectativa era de
realização e conquista. Enquanto
Pois então,
os tempos são outros, bem mais curtos, e sei que, deixar certas coisas como
elas 'são', pode ser sinal de sabedoria e significar ganho de eficiência.
Ao que se come hoje, se responde de forma, diretamente proporcional, com os
malefícios à saúde ou benefícios.
Enquanto vejo
os anos 'irem-se', o meu calendário de validade fica cada vez mais, com menos
folhas ... A realização e a conquista (?), ainda estão presentes (!) ... porém
com algumas ressalvas e adaptações. É preciso, redirecionar a rota e é
imprescindível, priorizar as metas.
Napoleão tinha coração, sim!
Tinha um chapéu de muitas abas, claras como o céu
porque afinal, o recheio, se acumulava bem no meio!
Era doce, era afetivo e de semblante atrativo!
Os primeiros, comiam suas beiradas, pouco encharcadas ...
aos últimos, reservava-se o coração - quanta emoção!
Era cheio de chocolate! E como sempre, causava debate!
Concentração de pura doçura, resultado da ternura
e do trabalho das mãos carinhosas e virtuosas ...
de quem trazia em seu coração, amor em saturação
em suas veias, um rio caudaloso de empatias!
Ninguém sabia o que acontecia
em sua cozinha, quando 'ela' criava sozinha
... vó Maria, fazia sua alquimia!
Acho que seu coração estava sempre em oração!
Do coração de Maria, saia alegria ...
das mãos de Maria escorriam bençãos ...
arte __ THAI MY PHUONG