quinta-feira, 1 de abril de 2021

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ALGO CONJURADO




Perdi-me em asperezas e confrontos

senti certas estranhezas, diante dos desencontros.

... amei, mas qual parte de mim, é que amou?

... e o que foi aquilo?

Perante as conjecturas, obedeci às nomenclaturas

deletei iniquidades e enfrentei as adversidades.

... qual pedaço meu, era o que me faltava?

Colecionei lembranças ... zero esperanças!

... com quais olhos, que vi o que vi?

Um algo conjurado, sob o sol, tudo era dourado!

Na minha visão amarela, tudo fora escaldante 

a biga, os cavalos, as armas, tua pele e vestes

até a poeira, traiçoeira, cobrindo-te os olhos.

... sei bem, que cor eles têm!

... em que tempos isso se deu?

Já não sei, nunca soube, o que deu em mim

como explicar, como ordenar ou como catalogar!

Encontrei-me, em profundezas e certezas:

sei o que vi e senti, isso eu sei!

Só não sei, se fui encontrar-te em teu tempo

ou se viestes ao meu, como algo conjurado!

Talvez, nos tenhamos encontrado na metade

bem no meio do caminho, para depois voltarmos

aos tempos respectivos, aos quais pertencemos!

01/04/21


conjurado - combinado para determinado fim


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