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PENSARES E PESARES
20/09/20
Depois de algum tempo, se percebe, que é possível falar sobre qualquer assunto, desde que se use as palavras certas e bem colocadas; mas que também, as mais assertivas e claras, não nos dão garantia de serem ouvidas, nem entendidas - quando não se quer entender. A comunicação depende da boa vontade das duas pontas, do lado de quem diz e do lado de quem escuta.
Se aprende, que algumas vezes, é preciso ter mais coragem para ficar, do que para ir. Para tanto, é preciso procurar um ponto seguro, em meio ao caos, para fincar os pés, em solo firme, aterrar as raízes e deixar, que os ventos e os tremores nos balancem apenas o corpo; que as ideias permaneçam intactas, e que se forem afetadas, que possam ser reorganizadas, em tempo de não difundir desespero. A flexibilidade do tronco, semelhante ao bambu, permitirá que continuemos inteiros, sem nos partirmos em pedaços.
Os novos ares trarão novos 'pensares' e levarão os pesares para longe. A atmosfera, depois de saneada, terá mais condição de fornecer oxigênio. Mas é preciso que antes, se suporte a desordem dos elementos suspensos no ar, que nos congestionam as vias respiratórias e nos irritam os olhos.
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