quarta-feira, 16 de setembro de 2020

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LINHAS E ENTRE_LINHAS

16/09/20 








Um livro é um livro, para saber o que ele conta, é preciso ler, do começo ao fim, cada uma das suas páginas e capítulos. É a única forma, dele se tornar meu conhecido.  A beleza de sua capa, será apreciada ou não, pelo meu olhar, segundo eu queira ou consiga enxergá-la.

Assim são as pessoas, é preciso lê-las nas suas linhas e entrelinhas, em todo o seu conteúdo, para que se possa dizer - se correspondem à uma bela capa.  Por linhas, eu entendo, como sendo, o que as pessoas nos contam.  Por entrelinhas, eu considero, aquilo que não nos dizem, mas afirmam ou negam, através de seus comportamentos.  Invariavelmente, são as entrelinhas, que nos revelam mais coisas e nos permitem maior conhecimento sobre cada ser.

Conhecer o prefácio ou o capítulo final de um livro, não me torna conhecedor de toda a sua estória.  É bem provável, que me escape, algum fato ou detalhe importante - que na pressa ou na ânsia de terminar a leitura - esteja contido entre os capítulos que desprezei, e que seja crucial para o meu entendimento.

Para 'lermos' uma pessoa, é necessário igualmente, como para ser ler um livro -  uma mente e um coração abertos, que nos dão a coragem de conhecermos seus princípios, os pormenores a respeito de seu caráter e as razões que impelem seu comportamento - via de regra - esbarramos nos ditos 'defeitos alheios', tão incômodos, por reconhecermos, serem nossos também.

Para se ler um livro ou pessoa, é preciso determinação e um tanto de paixão, pelo que se descobre: o que pode nos ser revelado nas folhas abertas ou na convivência estreita.



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