quarta-feira, 3 de junho de 2020

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AO TEMPO E AO VENTO
03/06/20




Silenciei.  Renunciei às palavras.  Porque invariavelmente, não caem em solo fértil e mesmo que venham servir de adubo, para novas colheitas, eu as terei sacrificado, ao chão pedregoso, como flores antes viçosas, depois secas e mortas.

Elas me são muito preciosas, são o melhor fruto de minha ruminação mental.  Não direi, que as que eu digo, são sempre as mais certas, longe disso, mas me confesso, cansada de lançá-las ao tempo e ao vento!

arte | anne soline

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