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LUZ TARDIA
05/07/08
Há pouco, era madrugada.
Os telhados, crescentes e decrescentes,
ainda retêm a umidade
ainda retêm a umidade
que a névoa trouxe.
Os pássaros, que não semeiam,
se alimentam do que encontram.
Estou no meio da via movimentada
de minha vida,
frente aos faróis dos veículos
que transitam com pressa.
Atravesso- a , diagonalmente,
desafiando suas pressas.
Olho para as árvores
que crescem como eu
em direção aos céus,
pergunto a elas se sofrem como eu,
se sentem dor como eu...
Todas temos nossos braços
estendidos ao alto,
a despeito de tudo
que nos faz mantê-los abaixados.
Caminho e vejo as folhagens
Caminho e vejo as folhagens
que escapam através
dos muros das casas,
aprecio o desenho dos portões de ferro.
Vejo flores mimosas,
Vejo flores mimosas,
outras ostensivas em sua beleza,
que se esticam por sobre os muros,
tentando fugir à rua.
tentando fugir à rua.
Dentro de mim,
sei que o sol tardará a bilhar,
a mesma luz tardia que verei,
você verá também!
Cabe em mim o amor que é seu,
até que me peça!
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A quem possa interessar:
Quando escrevo algo, às vezes é uma situação, palavra ou ideia que faz com que eu tenha uma inspiração para determinado texto.
Nesse caso, nesse texto, eu ouvia esta música do "Buddha Bar - Secret Love", quando ele (o texto) ganhou vida!
Coloquei o link caso queiram apreciá-la.
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