quarta-feira, 21 de março de 2018


RE_EDIÇÃO

Contrição
25/03/17



Hoje, eu preciso falar sobre um tipo de amor que não entra pra história, porque nasce, cresce e se perde sem deixar provas concretas de sua existência.  São nascidos sem certidão de nascimento, vivem sem identidade e acabam sem um atestado de óbito.

Por medo, vergonha ou orgulho, não transpõe a soleira das alcovas e negam a si, conhecer o gosto de um beijo ou a satisfação de um prazer compartilhado.

Seguem pelo resto de seus dias - ao abrirem seus olhos por todas as manhãs, arrependidos – maldizendo a oportunidade perdida, nunca por terem amado.

São anônimos, sem nome ou sobrenome, assim sobrevivem, definham e morrem, sem sequer uma suspeita de terem existido.

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