terça-feira, 27 de março de 2018
BURACO FRIO 644
Vejo as minhas mãos, mas não sinto a minha cabeça.
Eu procuro constantemente o espelho, para me certificar de que ela está, onde deveria estar, que ao menos isso, eu controlo.
Ela está, mas não está!
Como se estivesse projetada para fora, numa terceira pessoa, ou segunda, não sei!
Numa imagem desencaixada, que é minha, mas está fora de mim, não está comigo, fora da minha forma e da fôrma. Como pode?
Pedi tanto para pensar menos, sentir menos, sofrer menos! E agora penso, sinto, como se não fosse eu. Mas por que cargas dágua, continuo a sofrer?
Sofro, pelo pensamento que parece que voou.
Sofro, pelo buraco frio que ele deixou.
Sofro, por não sentir como antes!
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