sábado, 31 de março de 2018



É ASSIM                                                                                        648





Através dos teus olhos - é assim que me vês.
Tenhas cuidado, da maneira como me falas, com a tua boca, pois não são os meus olhos que te enxergam - eu te vejo e sinto com os meus ouvidos!



PSI __ 79 __ Minhas considerações


O sexo na mulher: o cérebro relaxado abaixo da cintura



É curioso, mas a mulher só aproveita o sexo quando seu cérebro se desconecta e as ligações neuroquímicas e neurológicas alinham-se com o organismo, a diversão e o prazer.
Digamos que quando a mulher se excita, os impulsos cerebrais percorrem os centros de prazer e disparam o orgasmo, sempre e quando a amígdala, estrutura responsável por ativar as respostas ao medo e a ansiedade cerebral, estiver desativada.
Assim, o desfrute do intercâmbio sexual requer que, de certo modo, a amígdala se desligue das preocupações e das decisões que recaem sobre ela.


Deixar-se levar pelos estalos dos impulsos

O fato de que a mulher requer esse “passo neural extra” pode explicar porque ela demora mais do que o homem para alcançar o orgasmo. Desta maneira, sabendo disso, nossos companheiros sexuais devem ter paciência e ir devagar, se querem que ambos aproveitem plenamente a brincadeira.

Ainda que o sistema seja delicado, a conexão cerebral é tão direta quanto a ação. O clitóris é um pequeno órgão repleto de terminações nervosas que estão diretamente conectadas à central do prazer feminino.

De fato, o clitóris tem uma única função: dar prazer e fazer a mulher gozar. Assim, a simples estimulação dessa região dispara a atividade eletroquímica e desencadeia múltiplas sensações.
Desta maneira se chega ao clímax, promovido pela ação da dopamina, a oxitocina e as endorfinas. Entretanto, se a estimulação for pouco eficaz, se o clitóris não fica tão sensível ou as preocupações inundarem a cabeça, o impulso não pode chegar direito ao nosso cérebro.
Isso explica porque o ápice do êxtase não é possível se a mulher não está relaxada, cômoda, segura e animada. Como geralmente se diz, faz falta não ter os pés quentes para desfrutar do sexo.

A delicada interconexão entre o psicológico e o físico

Curiosamente, a delicada interconexão entre o psicológico-emocional e o físico com o prazer feminino é algo um pouco confuso, tanto para a ciência quanto para homens e mulheres.

Tudo se tornou objeto de medição e análise: as costas arqueadas, os pés quentes, a respiração ofegante, os gemidos involuntários… Tudo. E tudo isso teve resultado negativo na hora de concluir algo sobre o assunto.

Contudo, com os avanços da neurociência, pode-se comprovar o que acontece com nosso cérebro quando estamos a ponto de ter um orgasmo. Vejamos o que aconteceria se nos submetêssemos a uma ressonância magnética no momento do orgasmo.
Imaginemos que estamos na cama sendo acariciadas por nossos parceiros. Com os beijos, as carícias e os abraços, algumas áreas cerebrais vão baixando seu nível de atividade enquanto as áreas relacionadas aos órgãos sexuais vão se iluminando.
Assim, antes da estimulação sexual, zonas como a amígdala e o córtex pré-frontal permanecerão com a cor reduzida, denotando sua baixa atividade. Ou seja, como vemos, em nós mulheres, as ligações neuroquímicas precisam se alinhar par alcançarmos o ápice do orgasmo.
Entretanto, o ápice do orgasmo é algo muito hidráulico, pois é o sangue que tem que fluir até o pênis para facilitar o orgasmo. Os especialistas têm buscado, sem êxito, um mecanismo de igual simplicidade na mulher.
Não obstante, as descobertas científicas relacionadas às reações sexuais femininas são poucas quando comparadas às reações sexuais masculinas. Como consequência, há um desconhecimento, quase que total, da anatomia do clitóris e, nos dias de hoje, ninguém foi capaz de medir a fundo as mudanças físicas de nosso pequeno órgão quando excitado.

De todo modo, o que se sabe é que o clitóris está intimamente conectado com nossa pele, nosso cérebro e com nossa vagina, de forma que a excitação está, de alguma maneira, presa a eles.

As vias da emoção

A divisão cerebral quanto ao assunto sexo na mulher e no homem se manifesta da mesma maneira que o assunto emoções. Assim, está evidenciado cientificamente que enquanto que as mulheres possuem uma rodovia com 8 vias para processar as emoções, os homens contam com uma estrada secundária para chegar ao sexo.
Ou seja, o comum é que o homem sinta uma pressão nas suas gônadas se não ejacula com certa frequência. No entanto, a mulher só consegue realizar essa viagem solo quando se sente cômoda e segura.

Portanto, na maioria das vezes a vivência sexual corresponde tanto a motivos culturais quanto físicos e psicológicos em ambos os sexos, só que o peso para alguns e para outros variam em relação à estruturação e ao funcionamento cerebral.

Por essa razão, é comum que se uma mulher sentir que seu companheiro deixou de responder emocionalmente, ela acabe pensando que seu parceiro a desaprova, que ela fez algo errado ou que ele deixou de querê-la .
Por isso as relações sexuais são um “toma lá dá cá”. Uma mulher precisa ser colocada em situações que sejam relaxantes e cômodas. Ela precisa que seu cérebro se desconecte e que suas emoções não a impeçam de realizar-se sexualmente.
Essa é a explicação pela qual a mulher não pode estar chateada para desfrutar o sexo. Ou seja, como dizem os terapeutas sexuais, as preliminares são tudo aquilo que acontece 24 horas antes do sexo.
Por fim, precisamos de concentração, comodidade e desconexão e, por isso, as férias geralmente são um grande afrodisíaco. Portanto, como diria Isabel Allende (escritora chilena), o ponto G está na cabeça, e quem busca abaixo da cintura está procurando no lugar errado.





79 __ Minhas considerações

O que se diz: "O homem transa porque está bem e porque está mal, também."

É óbvio que existem exceções, mas não é o que normalmente acontece às mulheres.  É necessário que as preocupações tão próprias da mulher possam ser desligadas, ou que não sejam tão sérias a ponto de inviabilizar a sua entrega.  Esse é o ponto, a entrega ... deixar-se penetrar, invadir - onde o invasor tem que ser alguém  digno, dentro da concepção da mulher.  O homem 'toma', o que a mulher permite/concede. Durante milênios, fomos  treinadas a fazer escolhas,  sobre o melhor doador de sêmem, capaz de gerar uma boa prole.

Existem muitas causas emocionais, que podem impedir que o processo físico aconteça.

Além de necessitar desconectar-se dos problemas e preocupações, a mulher precisa confiar nesse homem, se sentir amada, respeitada e considerada por ele.  Nem todos os homens se preocupam em suprir essas necessidades femininas, nem obedecer às 24 horas 'preliminares' antecedentes ao ato.

Um fato desagradável ocorrido, uma palavra atravessada, que pode funcionar como um impedimento para o bom funcionamento da mulher, apesar até de ela estar disposta a isso - ao homem pode ser esquecido e totalmente varrido de sua memória.  A ele, a sua necessidade de satisfação sexual, assume o primeiro plano, suplanta e abafa qualquer outra.

O que eu vejo acontecer é, que os homens dão pouca ou nenhuma importância às queixas das mulheres com relação ao seu descontentamento, desconsiderando que elas são diferentes, por mais que busquem a igualdade.

 Os homens conseguem separar os departamentos com facilidade, as mulheres não, eles têm caixas individuais com tampa e fechos automáticos para cada assunto, as mulheres possuem armários com gavetas, arquivos áudio-visuais, físicos, emocionais, pastas com etiquetas bem definidas - todos interligados.


Há que se considerar, que alguns arquivos não se fecharão, sem antes uma corajosa conversa entre os dois, aberta e sincera, de reconhecimento e reparação.


sexta-feira, 30 de março de 2018


UMA HORA                                                                                          647





Eu me deixei ficar ali, na chuva, no frio e na quase noite.  Afinal, eu estava lá, voluntariamente.  Por decurso do tempo e por escolha, tinha marcado um horário com o infortúnio.  Passei por tudo isso, sem sentir dó de mim - aceitação pura - sem me sentir o último dos seres, um 'tadinho'.


Me imaginei, como alguém que se torna insensível ao frio, à dor, ao desespero, à solidão.


Foram breves momentos, mas percebi que isso é possível e passível de se vivenciar, 

é não oferecer resistência à temperatura baixa e desobrigar o corpo à tremer, 
é saber que a dor em algum momento terá fim, só é preciso aguentar uma pontada por vez, 
é reconhecer que o desespero é fé pequena, 
é ter certeza de nunca estar só.

Uma hora, seu ônibus vem, você encontra o amigo, a dor vai embora, o dia clareia!



quinta-feira, 29 de março de 2018



ÁGUA E VINHO                                                           646




Da água que dormia na pedra, se fez vinho!

A transformação se deu, numa estranha alquimia, capaz de converter os sólidos, os líquidos e apurar as essências, todas que estejam no celeiro, aguardando o momento de serem transformadas.

Sou sangue, que também é água, na pedra do meu corpo, que me contém.

Na pedra repouso, sujeito às mesmas leis de renovação e transformação.  Idêntica a que se deu naquele dia, e se dá, em todos os outros, em todos os anos e tempos.

Ciclos de renovação forçada, forçosa, obedecendo ao expurgo dos enganos próprios de mim, um a um.  

Uma alquimia, por nós ainda não compreendida, apenas, supostamente observada, operante, nos átomos das nossas células, enquanto vertemos suores e lágrimas, na expiação das nossas dores.

Já não é mais água, e sim vinho.

Já não sou mais 'eu', mas uma outra versão de mim!


quarta-feira, 28 de março de 2018



BANDEIROLAS DE FESTA                                        645




Junto com meus cabelos, eu trançava uma fita colorida, grossa, diferente de uma acetinada - era mesmo de tecido rústico.  Ajudava a fixar os fios para que não caíssem sobre meus ombros e me atrapalhassem no trabalho.  Eu prendia tudo, em voltas sobre minha cabeça.

Lá ia eu, em direção ao rio, onde as roupas seriam lavadas e batidas nas pedras que formavam degraus em suas margens.  Ali mesmo ficariam expostas ao sol, esquentando e fixando na trama do tecido, a essência das ervas que eu esfregava junto com o sabão.

Eu as dispunha em cores e tons semelhantes, crescentes ou decrescentes, e costumava imaginar bandeirolas festivas a tremularem ao vento, nos dias de diversão.

As roupas ouviam as canções que eu e as demais lavadeiras entoávamos, não sabíamos de onde vinham, há quanto tempo eram cantadas, quem eram os compositores, mas nós as conhecíamos desde crianças, pelas vozes de nossas mães.

Carregava a tina cheia de roupas, em direção ao plano mais baixo do terreno, onde ficava o rio.  Na ida tinham um peso, a sujeira.  Na volta, apesar de molhadas, pesavam menos, exalavam um perfume que não sei explicar: a sua soma era maior do que o aroma das ervas, mais o sabão, mais a água, mais a luz do sol, mais as canções ouvidas.

Eu as estenderia pelos varais, dispostas da mesma maneira que as colocara ao sol, pelas variantes das cores.  Enquanto secassem, elas espalhariam respingos de água, e eu estaria a imaginar as mesmas bandeirolas festivas tremulantes, só que dessa vez, perfumadas e macias.  A festa seria no meu quintal.







RE_EDIÇÃO        Estranha semente




Estranha semente germinada
que a revelia cresce acanhada
                                         do verde-velho já desistente
                                         em meio a rama lá existente


                                         Independente foi colocar-se
no coração em chão fértil
                                         só percebida ao despontar-se
                                         de afeição a amor, fácil


                                         Procura espaço a ocupar
lugar ainda a preencher
                                         entre espinhos a se esquivar
                                         em silêncio teima em crescer

                                          O vento a trouxe, decerto!
                                          se for, bendito vento!
                                          Bendito chão, que ainda é fértil!

01/05/08

terça-feira, 27 de março de 2018


BURACO FRIO                                                          644




Vejo as minhas mãos, mas não sinto a minha cabeça.
Eu procuro constantemente o espelho, para me certificar de que ela está, onde deveria estar, que ao menos isso, eu controlo.

Ela está, mas não está!
Como se estivesse projetada para fora, numa terceira pessoa, ou segunda, não sei!
Numa imagem desencaixada, que é minha, mas está fora de mim, não está comigo, fora da minha forma e  da fôrma.  Como pode?

Pedi tanto para pensar menos, sentir menos, sofrer menos!  E agora penso, sinto, como se não fosse eu.  Mas por que cargas dágua, continuo a sofrer?

Sofro, pelo pensamento que parece que voou.
Sofro, pelo buraco frio que ele deixou.
Sofro, por não sentir como antes!

segunda-feira, 26 de março de 2018


RE_EDIÇÃO         Arodazi





Izadora homenageou à deusa Ísis.
Arodazi é em homenagem à Izadora! 


Eu a conheci numa das paragens de minha caminhada ... mas a ideia de ‘remanso’ é falsa! 

Porque muito longe de estar em repouso, está mesmo sempre ... em profunda transformação! 

Assemelha-se à uma flor, abençoada pela deusa egípcia ... criada e dada a si mesma!

É perene, e em toda sua singeleza, é forte o bastante para desafiar aos acontecimentos da vida!

Nascida entre outras flores, mas que se destaca por escrever seu próprio roteiro! 

E quão incansável é essa flor! 

É quase uma ‘fênix das flores’!                          26/03/16


Meus agradecimentos ...
pelas exatas 59.006 visualizações às 11:50 horas de hoje!








RE_EDIÇÃO         Janelas da alma





Finalmente, deixei baixarem as pálpebras sobre meus olhos ressecados de espera.

Era impossível ver e não enxergar, enxergar e não sofrer!

Haviam permanecido tempo demasiado em alerta.

Mereciam um repouso ... porque estavam decepcionados de cansaço ... diante de situações que  maculavam minhas retinas.

Era preciso fazer o distanciamento visual, para dar início ao desligamento emocional!

É claro que tudo isso é uma metáfora!
Mas é uma preservação!

Quando os ventos são fortes, e trazem pra dentro de casa a poeira das ruas, devemos fechar as janelas, ao menos os vidros; sob pena de não conseguirmos mais limpar a sujeira que se forma ... a de fora que vem se  juntar à interna!

E é isso que estou fazendo nesse momento: colocando um “óculos imaginário” nos olhos, que me permita visualizar os acontecimentos de uma forma mais distanciada.  Enquanto possibilita que eu dê foco aqueles que me dizem respeito ... uma visão inteligente, que ajusta minhas “deficiências”!

26/03/16

sábado, 24 de março de 2018



RE_EDIÇÃO         ¡Eso es todo!





Lo que adentra mi boca,
 alimenta las células de mi cuerpo ...

Lo que sale de ella nutre mi espíritu
y el espíritu de quién me escucha!

Lo que adentra mis oídos
me adoça la boca
o  amarga el corazón!

Boca, oídos y corazón!
Es siempre eso!
Así comienza
la conexión de las almas
... o no!

22/03/17

SIGNIFICADO E BRILHO                                         643




Ela, a bandeira.
Ele, a haste.
Ela representa os ideais.  
Ele, pode içá-la aos planos mais altos, mantê-la baixa ou de ponta cabeça.
De qualquer forma, ela é ela - com significado próprio, se mais tremulante ou menos, depende do vento que a instigue, mas conservará sempre o mesmo brilho!


sexta-feira, 23 de março de 2018



6.0                                                642






Foi dessa forma que fui cumprimentada hoje por uma amiga: "sessentô amiga?"

Sessentei ... tá aí, gostei do verbo Regina, que pra mim já passou a existir, já faz parte do meu 'dicionário'.

Ter 6.0 não é diferente de ter 5.8 ou 5.9.

Na verdade é ou foi, uma passagem 'quase indolor'!

Hoje, não aconteceu nada, que não tenha acontecido nesses últimos 730 dias.

Se é ou não um divisor de águas, ainda não sei, porque não o vi.

Não que esteja procurando por ele, no entanto se achá-lo num determinado momento, eu lhe farei as honras.

A trajetória até aqui confesso, foi sem notar, como todos falam, não nos apercebemos quando ele se aproxima, porque vem rápido, pra mim também.  

Passar de 5.9 pra 6.0, é igual a passar de 5.7 pra 5.8.

Fiz jus a cada ruguinha que me apareceu no rosto, ou à alguma flacidez, mas posso garantir que o meu espírito nunca esteve tão esticadinho e tonificado, por conta das musculações da alma que a vida me fez praticar, às vezes a contragosto, mas valeram! 

Gratidão à minha família consanguinea e a não, aos mestres, a todos que um dia cruzaram o meu caminho e me ensinaram algo.