quarta-feira, 26 de outubro de 2022

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TROCANDO DE PELE

De tudo o que suporto, de tudo o que é preciso de ser encarado, vejo a grandeza e força das minhas ações e passos - chego à conclusão de que minha fraqueza é forte.  Há um certo glamour, em 'apanhar de pé', como a dizer: “ali onde chorei, qualquer um chorava!”!!!  Reivindico o direito de me sentir momentaneamente fraca, se assim eu escolher, mesmo após assumir a postura de ser forte ou até, se a legitimidade parecer não existir.  

Resisti, resisto e resistirei à duras penas ou à suaves!  Afinal, o que posso fazer, além de aceitar aquilo, a que não consegui reverter seu avanço(!), nem mudar sua direção(?) ... e passou sobre mim, como um rolo compressor, pulverizando minha consistência e me fazendo ‘chorar na rampa’, a lamentar certezas desfeitas.

Chorei, mas do pó me refiz e retornei em matéria e espírito, para seguir adiante, reconhecendo que como eu, todos estamos nos refazendo a todo instante, adquirindo o tamanho e a envergadura que a vida exige de nós.  

Vamos assim, salgando a terra, criando nossas novas versões, trocando as velhas peles, escrevendo outras histórias nas novas ... com base em nossos anteriores moldes, tornados envelhecidos e inúteis.


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